Praying Mantis – “Defiance” (2024)

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Praying Mantis – “Defiance” (2024)

Frontiers Music | Shinigami Records
#HardRock #HardNHeavy #AOR HeavyMetal

Para fãs de: Def Leppard, Tygers Of Pan Tang, Lionheart, Uriah Heep, Bon Jovi

Texto por Johnny Z.

Nota: 7,5

Sejamos realistas, muitos conheceram o Praying Mantis pela sua ligação com o Iron Maiden, já que Dennis Stratton e até Paul Di’Anno fizeram parte da banda.

Classificá-la como somente Heavy Metal é um erro, mesmo que ela venha da época da NWOBHM. A banda traz traços fortes de Hard Rock e até AOR em sua sonoridade, mas isso jamais comprometeu sua qualidade musical. Possuem muitos álbuns de estúdio, mas nenhum é considerado um clássico ou lembrado como um marco. Pelo contrário, o álbum ao vivo com Paul Di’Anno e Dennis Stratton é o mais lembrado. Isso é ponto pacífico.

Enfim, sem enaltecer algo que jamais foi, mesmo que a banda tenha 50 anos de carreira, é uma boa banda e isso ninguém discute. Apenas não é lembrada por conta própria, já que nunca cresceram mais que uma Portuguesa ou um São Caetano FC.

“Defiance”, o décimo terceiro álbum de estúdio dos ingleses, traz uma semelhança (em uma escala beeeem menor), pelo menos para mim, com o que o Def Leppard faz com maestria: Hard N’ Heavy comercial radiofônico.

Não espere Metal, espere música, e se você for com essa mentalidade, vai apreciar as 11 faixas deste álbum. Pode não se apaixonar a ponto de considerá-lo o álbum da sua vida, mas chamá-lo de algo pejorativo seria um erro, pois ele agrada sim!

A mistura de Hard Rock, AOR, baladas açucaradas e até um pouco de metal oferece um equilíbrio interessante para os ouvintes que não se prendem a nenhuma fórmula dentro do Rock e apreciam sem serem xiitas ao ponto de crucificar uma ou outra música por não ser o que gostariam que fosse.

Atualmente formado por John Cuijpers (vocal), Tino Troy (guitarra e teclado), Andy Burgess (guitarra), Chris Troy (baixo) e Hans in’t Zandt (bateria), o Praying Mantis trouxe em “Defiance” qualidade, toques de melancolia, sentimento e até energia dentro do seu estilo mais comercial de fazer rock com acentuação pop.

Não sou um grande fã dos trabalhos antigos do grupo, mas nos últimos 25 anos seus álbuns vêm me conquistando pelo bom gosto, e “Defiance” não foge à regra por ser melódico, agradável e moderno, mesmo tendo uma sonoridade oitentista de rock de arena, daquelas que dá para levar até a mãe e o pai, idosos, para um show que vão curtir.

Resumindo, o Praying Mantis está mais para o Def Leppard com Bon Jovi do que para Saxon ou Iron Maiden. Se sua praia são músicas para cantar e que grudam na mente, com doses glicêmicas altas, mergulhe de cabeça, pois não há nenhuma faixa que você irá se decepcionar. Eles entregam aquilo que todo fã de Hard Rock, AOR melódico e comercial de FM gosta!

Meus destaques ficam por conta da belíssima versão de “I Surrender”, do Rainbow, que casou perfeitamente com a proposta do Praying Mantis; “Forever In My Heart” (feita para total interação nos shows); a rock e cheia de energia “Give It Up”; “Standing Tall” (uma das melhores do disco!); e a rocker e nostálgica ao extremo “Let’s See”.

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