UNIÃO METAL NA LATA – Pedro “Humangous” Salim (HELL DIVINE)

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Muitos falam e pedem pela famosa “união” da cena metal brasileira e se esquecem que não adianta somente pedir por isso, mas sim agir e colocar em prática o que pede. Infelizmente, existe muita ‘filhadaputagem’ nesse meio, muita gente prepotente e suja que hora te dá tapinha nas costas e depois cospe na sua cara sem dó mostrando o quanto são baixos, falsos e inescrupulosos. Enfim, eu, Johnny Z. – Redator-Chefe Metal Na Lata, como já havia noticiado antes em nossa página do Facebook, resolvi colocar em prática algo que nenhum outro veículo de imprensa fez antes. Com isso, espero que todos sigam esse exemplo e expurguem a “banda podre” de nossa cena.
 
Nesta seção do Metal Na Lata, teremos amigos, parceiros, músicos, assessores, promotores, jornalistas ou qualquer personalidade da música que respeitamos, para mostrar publicar/resenhar um álbum de banda NACIONAL que marcou sua vida. Sem limite de texto e com liberdade total para falar o que quiser (como de costume aqui). Como todos já sabem, nosso Metal Nacional é muito rico e devemos dar a devida atenção sem achar que só o que vem de fora é bom. São desde pequenos gestos que chegamos a um bem comum.

Johnny Z.

(Redator-Chefe Metal Na Lata)

Nosso convidado de hoje é Pedro “Humangous” Salim que, além de ser uma grande brother, foi um dos responsáveis por um veículo de imprensa digno de primeiro mundo e que hoje faz uma falta enorme: Hell Divine. Pedro nos brinda com um ótimo texto referente ao álbum do Glory Opera, “Rising Moangá” (2002). Confira!

Por Pedro “Humangous” Salim

Glory Opera – “Rising Moangá” (2002)

O ano era 2002, eu estava, tardiamente, descobrindo o Heavy Metal.

Como era jovem e ainda não tinha grana, o jeito era correr para a internet em busca de novos sons. Essa época foi o auge de programas P2P como Napster, Emule, Limewire, etc.

O Melodic/Power Metal foi minha porta de entrada para esse mundo e, por algum motivo, sempre gostei de tudo que era produzido em nossas terras. O Metal brasileiro sempre me atraiu mais do que os demais. Quando me deparei com essa banda de Manaus, simplesmente pirei! Como uma banda tão boa pode estar “escondida” tão longe? Quando fui lendo sobre a temática de “Rising Moangá”, mais me sentia parte daquilo, uma banda nacional que eu me identificava. A capa, simples mas cheia de simbolismos, parecia ter saído de algum livro de história.

Falando sobre o som, a banda abusa do tradicionalíssimo Melodic Power Metal com boas doses de Prog, lindas guitarras, bateria criativa, veloz e com muito pedal duplo, teclados preenchendo todos os espaços possíveis, um baixo super presente e encorpado na mixagem e uma performance incrível de Humberto Sobrinho.

Com seus mais de sete minutos de duração, “Endless Sin” abre o disco e é praticamente um hino do Metal Nacional, simplesmente perfeita, diversificada e empolgante. Em “One Step Behind” o baterista Helmut Quacken mostra toda sua fúria, esbanjando técnica apurada e inteligência na criação de ritmos e viradas impressionantes, dando mais dinâmica e brilho à composição, que é dividida em duas partes. Na sequência temos uma das minhas favoritas, “Half Of Darkness” com uma introdução de tirar o fôlego, influências de Symphony X e um refrão fantástico – isso sem falar na paradinha que tem no meio da música, no melhor estilo Angra da fase “Holy Land”.

O disco todo é maravilhoso, bastante evoluído pra época e certamente um clássico! Um dos álbuns que mais ouvi na vida e que mudou meu jeito de encarar o Heavy Metal.

A banda promete voltar à ativa em 2017 com um novo trabalho, já estou ansioso pelo que pode vir!

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