Be Magic Fest 2024 – Experience Music, Lapa/RJ (25/08/2024)
Produção: Be Magic Produções
Assessoria: JZ Press
Texto por Vinícius Araujo
Fotos por Betho SatierF
No domingo, dia 25 de agosto, retornamos ao Experience Music para a segunda parte do “Be Magic Fest 2024”.
Parece que a produção leu nossa cobertura ou recebeu feedbacks referentes ao primeiro dia, pois neste segundo dia não só o som estava muito melhor, como o evento em si estava muito mais organizado.
O esquema dos palcos foi o mesmo do primeiro dia, porém, os homenageados foram Sérgio e Cláudio Bezz (da banda Taurus), que deram nome ao palco localizado no térreo, e Marco Dantas (da banda Azul Limão), que deu nome ao palco localizado no terceiro andar.
A primeira banda do dia foi a Resto (RJ), que iniciou seu show no “Palco Sérgio e Cláudio Bezz” precisamente às 16h22. Após uma introdução, o som da banda, que me lembrou bandas como Crowbar, Down e com fortes pitadas de stoner, é definido pela própria banda como “Blackened Doom Metal”.





Subindo para o “Palco Marco Dantas”, tivemos a grata surpresa de ver o homenageado presente, recebendo uma placa das mãos de Terry Painkiller (vocalista da banda Facing Fear). Foi uma homenagem mais do que merecida.
Na sequência, por volta das 16h57, ouvimos a introdução para um dos shows mais aguardados: a apresentação da Hellway Train (MG), que fez sua estreia em palcos cariocas. Valeu a pena esperar, pois o show deixou não só os fãs da banda, mas também os curiosos, de cabelo em pé com a performance matadora, especialmente do vocalista Marc Hellway, um verdadeiro discípulo de Rob Halford, mas com uma personalidade própria.







A banda tocou músicas de toda sua discografia, incluindo seu novo álbum, “Borderline”, e um excelente cover da faixa “Solidão”, da banda Azul Limão, com a participação de Marco Dantas. Foi um dos melhores shows da noite e atendeu todas as expectativas.
Descendo para o “Palco Sérgio e Cláudio Bezz”, às 17h50 tivemos a apresentação da Bicuda (RJ), banda com um som na linha dos primeiros álbuns do Napalm Death e Extreme Noise Terror, ou seja, grindcore “desgraceira”!



De volta ao “Palco Marco Dantas”, às 18h40 iniciou-se o show da lenda Harppia (SP). Ninguém na plateia sabia o que esperar, mas o sorriso dos veteranos da cena carioca ao presenciar a banda foi evidente. O show foi apoteótico, com clássicos como “Na Calada da Noite” e um excelente cover da faixa “Lúcifer”, da banda Peso, além de “A Ferro e Fogo” e o encerramento com “Salém – Cidade das Bruxas”.




Ainda atordoado pelo show do Harppia, segui para o show do Baga (RJ), banda de Grindcore já conhecida no underground carioca. Infelizmente, perdi o começo devido ao conflito de horários entre os palcos, mas a banda entregou um dos shows mais intensos da noite, com aquele Grindcore raiz.




Às 20h06, no “Palco Marco Dantas”, os portais do inferno se abriram para a instituição do Black Metal nacional, a lenda Vulcano (SP), que começou com a clássica “Legiões Satânicas”. “Witches Sabbath” agitou a todos, assim como “Dominios of Death” do grande “Bloody Vengeance”. Luiz Louzada anunciou que a banda não tocaria nada do álbum novo, focando apenas nas músicas antigas, talvez devido ao longo hiato desde a última apresentação no RJ, cerca de 10 anos. A tríade final com “Total Destruição”, “Guerreiros de Satã” e “Bloody Vengeance” foi simplesmente matadora!






A banda Hungry Jacklz (RJ) subiu às 21h17 no “Palco Sérgio e Cláudio Bezz”, tocando um Stoner Metal que me surpreendeu positivamente, com riffs marcantes e uma ótima presença de palco do vocalista Marcelo Rezende. O setlist foi curto, mas eficiente; sem dúvida, a melhor banda que passou pelo “Palco Sérgio e Cláudio Bezz”!



Na saideira, no “Palco Marco Dantas”, às 21h49, o Blasthrash (SP) apresentou um thrash metal frenético na linha de Vio-lence e outras bandas clássicas da Bay Area. O power trio subiu no palco ligado no 220V e não diminuiu a intensidade em momento algum, com uma performance impecável. Foi a primeira vez que presenciei uma apresentação da banda e foi uma verdadeira aula de thrash metal!


Ao contrário da primeira data, o som estava em outro patamar. Só perdi o começo de um show devido a um conflito de horários, mas tudo ocorreu sem problemas. O único ponto negativo foi a baixa presença do público, que talvez tenha sido desencorajada pelo clima frio e pela possível iminência de uma chuva torrencial, que acabou não ocorrendo. No entanto, foi uma noite que superou todas as minhas expectativas, com shows bem acima da média!
Parabéns à produtora Be Magic pela iniciativa, às bandas e ao público guerreiro que compareceu e saiu do Experience Music com boas lembranças!
Obrigado JZ Press e Be Magic Produções pelo credenciamento e parceria de sempre!