Benediction – “The Grand Leveller” (1991) (Relançamento 2024)

Benediction The Grand
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Benediction – “The Grand Leveller” (1991) (Relançamento 2024)

Nuclear Blast Records | Shinigami Records
#DeathMetal #OldSchoolDeathMetal

Para fãs de: Malevolent Creation, Bolt Thrower, Massacre

Texto por Lucas David

Nota: 9,0

O Benediction é um dos nomes mais conhecidos quando se fala do Death Metal old school, junto a bandas como Malevolent Creation, Morbid Angel e Death. Mesmo assim, muito só lembram da banda quando mencionado que o lendário vocalista do Napalm Death, Mark “Barney” Greenway, cantou no primeiro disco do grupo, “Subconscious Terror”.

Felizmente a banda é muito mais do que isso, é em seu segundo disco, “The Grand Leveller” mostrou que tinha força para continuar seu trabalho com a entrada do vocalista Dave Ingram, que não deixou nada a desejar em relação ao seu antecessor. Ingram tem um tom mais áspero e maníaco em sua voz, o que deixou o som da banda mais pesado, com algumas passagens maiores de Doom adicionadas à mistura, que nos lembra Bolt Thrower. Junte isso a um instrumental forte e temos um grande disco de Death Metal.

Falando das músicas, o disco abre com “Vision in The Shroud”, com uma levada cadenciada, enquanto Ingram solta as primeiras palavras e faz a música acelerar, caindo em um Death Metal para bater cabeça. “Graveworm” começa com a mesma levada mais cadenciada, com riffs de guitarra abafados e os vocais de Ingram soando monstruosos. Ela possui um solo rápido, mas matador.

“Opulence of The Absolute” é um dos destaques do disco, com uma levada que lembra “Leprosy” do Death, um ótimo riff de guitarra da dupla Peter Rew e Darren Brookes, além de um ótimo solo utilizando a alavanca, e uma bateria que dita o ritmo, sendo rápida, precisa e brutal. Já “Senile Dementia” repete a dose de brutalidade de “Opulence…”, com mais uma dose de vocais guturais insanos e um riff com uma pegada mais Punk/Thrash que leva qualquer um a fazer air guitar e bater a cabeça.

Um ponto que poderia ser um pouco melhor no disco seria o baixo de Paul Adams, se fosse mais alto, já que ele fica perdido em meio as guitarras e iria acrescentar mais as músicas. A bateria de Ian Treacy é intensa em termos de produção, é suja e um tanto crua, perfeita para esse tipo de metal.

The Grand Leveler é um grande disco, simples e eficaz. A banda iria evoluir muito depois disso, mas aqui temos um ótimo exemplo de como o Death Metal era feito, e como ele ainda é celebrado até hoje em meio à vasta discografia da banda.

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