Especial Monsters Of Rock
Texto por Johnny Z.
Os deuses do rock e do metal estão prestes a descer novamente ao palco do Allianz Parque, em São Paulo! No dia 19 de abril, o lendário Monsters Of Rock retorna com força total, prometendo uma edição histórica em celebração de seus 30 anos de existência para os fãs da música pesada. Com produção da Mercury Concerts, o festival — que ao longo das três décadas se consolidou como um dos mais icônicos do gênero — trará um lineup de peso, reunindo gigantes da cena para uma celebração inesquecível.
Desde sua estreia no Brasil em 1994, o Monsters Of Rock escreveu capítulos marcantes na história do metal e do hard rock no Brasil, trazendo bandas que moldaram gerações. Agora, em 2025, o evento reafirma seu legado, mantendo viva a chama da rebeldia e da potência sonora. Prepare-se para uma jornada intensa, onde riffs explosivos, baterias avassaladoras e vozes lendárias ecoarão mais uma vez, provando que o verdadeiro espírito do rock nunca morre.
Confira a seguir tudo sobre esta edição especial do Monsters of Rock 2025, bem como alguns álbuns – não necessariamente os mais importantes das discografias das bandas participantes do festival ou os de maior sucesso, mas que possuem qualidade e que, em nossa opinião, merecem ser apreciados. Faça sua audição e nos veremos lá!

EUROPE – “The Final Countdown”
Lançado em 26 de maio de 1986, “The Final Countdown” é o terceiro e mais icônico álbum da banda sueca Europe. Este trabalho despertou meteoricamente a banda no cenário do hard rock e AOR mundial, trazendo uma sonoridade marcada por riffs de guitarra cativantes, teclados grandiosos e refrãos épicos. Produzido por Kevin Elson, o álbum equilibra perfeitamente o virtuosismo instrumental e melodias acessíveis, garantindo seu apelo tanto entre fãs de rock quanto no mainstream da década de 1980.
A faixa-título, “The Final Countdown”, é indiscutivelmente o maior sucesso do álbum, com sua introdução de teclado inconfundível e letra carregada de temas espaciais e futuristas. É um fato que rapidamente se tornou um hino global e é até hoje uma das músicas mais reconhecíveis da história do rock. Outro destaque é “Carrie”, uma balada poderosa que mostra a versatilidade da banda, com o vocal emotivo de Joey Tempest se sobressaindo em meio aos arranjos melódicos. Faixas como “Rock the Night” e “Danger on the Track” mantêm o alto nível de energia, com guitarras expressivas de John Norum e refrãos contagiantes.
O álbum também evidencia a maturidade da banda em composições como “Cherokee”, que aborda o genocídio dos nativos americanos, e “Love Chaser”, que encerra o disco de forma vibrante. “The Final Countdown” é uma obra que captura a essência do rock dos anos 1980, unindo carisma, técnica e um senso apurado de espetáculo e melodia. Além de vender milhões de cópias ao redor do mundo, deu ao Europe o status d referência em seu gênero, com um legado que ainda ressoa décadas após seu lançamento.

OPETH – “”Blackwater Park”
Lançado em 27 de fevereiro de 2001, “Blackwater Park” é considerado o ápice criativo do Opeth e um marco na história do metal progressivo. Este álbum expandiu a reputação da banda como mestres em mesclar elementos extremos e atmosféricos, resultando em um trabalho de complexidade ímpar. Produzido por Steven Wilson, o disco apresenta uma sonoridade cristalina que destaca cada detalhe das composições, seja a brutalidade dos vocais guturais e riffs pesados, seja a delicadeza das passagens acústicas e vocais limpos de Mikael Åkerfeldt.
A dualidade é um dos principais atrativos do álbum. Faixas como “Bleak” e “The Drapery Falls” demonstram a habilidade do Opeth em transitar entre agressividade e introspecção, com mudanças dinâmicas que prendem o ouvinte do início ao fim. “Harvest” é uma das canções mais acessíveis, com sua abordagem predominantemente acústica e melodia cativante, enquanto “Blackwater Park”, a faixa-título, é uma obra-prima épica que combina todas as facetas da banda em seus quase 13 minutos de duração.
O equilíbrio entre peso e melodia, somado à riqueza lírica e emocional, faz de “Blackwater Park” um álbum atemporal. As influências de death metal, rock progressivo dos anos 70 e folk escandinavo se fundem em um som único que transcende rótulos. O trabalho é um convite à exploração sonora, onde cada audição revela novos detalhes, reafirmando a genialidade de Åkerfeldt e sua capacidade de criar músicas profundamente impactantes. Este álbum não é apenas um marco na carreira do Opeth, mas também um dos maiores legados do metal progressivo.

SAVATAGE – “Edge Of Thorns”
Lançado em 6 de abril de 1993, é um marco na discografia do Savatage, sendo o último álbum a contar com a participação do lendário guitarrista Criss Oliva antes de sua trágica morte. O trabalho apresenta uma sonoridade única dentro da trajetória da banda, equilibrando o peso característico do metal com arranjos refinados e uma abordagem mais melódica. É também o primeiro álbum a trazer Zack Stevens nos vocais, cuja voz versátil e poderosa trouxe uma nova dimensão à música do grupo.
A faixa-título “Edge of Thorns”, abre o álbum com um riff icônico de piano por Jon Oliva, que se mistura perfeitamente com as linhas de guitarra de Criss, criando uma atmosfera ao mesmo tempo introspectiva e explosiva. “He Carves His Stone” e “Lights Out” exemplificam a habilidade do Savatage em compor músicas com peso e groove, enquanto “Follow Me” é uma balada emocionante, repleta de uma melodia cativante e performances vocais marcantes.
Outro destaque é “All That I Bleed”, uma balada melancólica que se tornou um dos hinos mais emocionantes da banda, com uma performance vocal de Stevens que ressoa profundamente com os ouvintes. O álbum também explora uma complexidade maior nas composições, evidente em faixas como “Damien” e “Miles Away”, que misturam elementos progressivos ao heavy metal tradicional.
Com letras introspectivas e poéticas, traz temas de autodescoberta, perda e esperança, conectando-se de maneira profunda com os fãs. A combinação das composições memoráveis de Jon Oliva, a guitarra brilhante de Criss Oliva e a estreia marcante de Zachary Stevens faz deste álbum uma obra-prima do metal.

STRATOVARIUS – “Visions”
“Visions”, lançado em 23 de abril de 1997, é um marco na história do Stratovarius e do power metal melódico, consolidando o gênero nos anos 1990. Fundado em 1984, o Stratovarius encontrou sua identidade com os álbuns “Fourth Dimension” (1995) e “Episode” (1996), mas foi com “Visions” que alcançou um novo patamar na cena mundial. No contexto de renascimento do power metal, liderado por bandas como Helloween e Blind Guardian, o Stratovarius destacou-se pela sua abordagem melódica, técnica refinada e teclados que agregavam um toque sinfônico.
O álbum trouxe composições maduras e produção impecável, abordando temas introspectivos e espirituais. A épica faixa-título, com mais de 10 minutos, reflete sobre profecias e questionamentos existenciais, demonstrando a habilidade da banda em criar obras grandiosas. Entre os destaques estão “The Kiss of Judas”, que combina atmosferas de baixo e teclados para explorar a traição de Judas em um contexto moderno; “Black Diamond”, um hino com riffs hipnotizantes e explosividade técnica; e a faixa-título, que equilibra passagens rápidas e momentos introspectivos.
Apesar das dificuldades ao longo dos anos, “Visions” permanece um dos álbuns mais icônicos do Stratovarius, influenciando gerações e reforçando o power metal melódico como um dos gêneros mais criativos e emocionantes do metal.

QUEENSRYCHE – “Empire”
Lançado em 20 de agosto de 1990, é um marco do heavy metal progressivo. Com uma produção refinada e letras profundas, o disco apresenta uma abordagem mais acessível e melódica em comparação ao trabalho anterior da banda, o esplêndido “Operation: Mindcrime”. Essa mudança não comprometeu a complexidade musical que os fãs esperavam, mas expandiu seu alcance comercial, tornando “Empire” um sucesso mundial. O álbum combina a virtuosidade instrumental característica do grupo com melodias cativantes, riffs marcantes e arranjos elaborados, explorando temas que vão desde questões sociais até reflexões pessoais.
Entre os destaques do álbum, “Silent Lucidity” é uma balada poderosa e introspectiva que conquistou as rádios e permanece uma das músicas mais icônicas da banda até hoje, com arranjos orquestrais que evocam uma atmosfera onírica. Já a faixa-título, “Empire”, é um hino poderoso e impactante com riffs impactantes e uma crítica social afiada, abordando desigualdades econômicas e violência. Outras faixas de destaque incluem “Jet City Woman”, uma homenagem emocional a Seattle, cidade natal da banda, e “Another Rainy Night (Without You)”, uma canção cativante sobre solidão e saudade.
Geoff Tate, com sua performance vocal excepcional, elevou o álbum a um patamar único, enquanto a banda – formada na época por Chris DeGarmo (guitarra), Michael Wilton (guitarra), Eddie Jackson (baixo) e Scott Rockenfield (bateria) – exibia uma sinergia impressionante. “Empire” é uma obra-prima que equilibra técnica, emoção e acessibilidade, elevando a banda a uma das mais inovadoras do rock e metal.

JUDAS PRIEST – “Screaming For Vengeance”
“Screaming for Vengeance” (1982), junto de “British Steel” (1980) e “Painkiller” (1990), é um dos álbuns mais icônicos do Judas Priest e do heavy metal como um todo. A obra-prima, lançada em 1 de julho de 1982, equilibra riffs ferozes, vocais poderosos de Rob Halford e letras marcantes que capturam o espírito rebelde do gênero. Produzido por Tom Allom, o disco apresenta um som polido, mas sem perder a agressividade característica da banda. Se no álbum anterior já tinham acertado a mão nas composições, nesse elevaram ainda mais o nível e o peso dentro do Heavy Metal.
“The Hellion/Electric Eye”, uma faixa clássica que combina velocidade e crítica social, sendo até hoje um dos grandes hinos do metal. “Riding on the Wind” segue com energia explosiva, destacando a sinergia musical entre Glenn Tipton e K.K. Downing nas guitarras, algo que deveria ser estudado. Já a faixa-título, “Screaming for Vengeance”, é uma explosão de agressividade, com riffs velozes e uma das performances mais intensas de Halford. Puro Heavy Metal!
“You’ve Got Another Thing Comin’” é o grande hit do álbum, com sua pegada mais acessível e um refrão inesquecível, que ajudou a banda a conquistar as rádios norte-americanas. Outras faixas, como “Fever” e “Devil’s Child”, mostram o lado mais melódico do grupo, adicionando diversidade ao disco.
Com uma arte de capa vibrante e uma sequência impecável de músicas, “Screaming for Vengeance” se tornou um clássico atemporal que definiu a era dourada do Heavy Metal. É uma demonstração de força e inovação que solidificou o Judas Priest como uma das maiores bandas da história do gênero.

SCORPIONS – “Comeblack”
“Comeblack”, lançado em 4 de novembro de 2011, é um álbum especial da icônica banda alemã Scorpions, que combina regravações de clássicos de sua carreira com covers de músicas dos anos 60 e 70 que influenciaram sua trajetória. O disco celebra o legado da banda, que completará 60 anos no palco do Monsters of Rock 2025. Produzido por Mikael Nord Andersson e Martin Hansen, “Comeblack” traz uma sonoridade moderna, mas fiel ao espírito original das faixas.
O álbum conta com novas versões de sucessos como “Rock You Like a Hurricane”, “The Zoo”, “Blackout”, “No One Like You” e “Still Loving You”, que receberam uma produção mais limpa e energética, destacando o instrumental preciso e os vocais inconfundíveis de Klaus Meine. Além disso, inclui homenagens a ícones do rock e pop, como “Tainted Love” de Gloria Jones (popularizada por Soft Cell) e “Children of the Revolution” do T. Rex. Essas releituras ressaltam a versatilidade da banda e seu apreço por diferentes estilos musicais.
A qualidade do álbum impressiona, tanto pela execução técnica impecável quanto pela seleção de faixas que capturam a essência do hard rock – aqui ainda mais pesado do que o habitual – que consagrou os Scorpions. Revisitar o passado e homenagear suas influências musicais reforça o vínculo com os fãs e atrai novos ouvintes. Lançado pela Sony Music, “Comeblack” foi bem recebido pela crítica, marcando um momento nostálgico e especial na carreira da banda, que continua relevante e apaixonada pelo rock mesmo após décadas.
INGRESSOS
A venda dos ingressos é através da plataforma Eventim em https://www.eventim.com.br/monstersofrock2025
Os valores dos ingressos variam entre R$ 240 (meia entrada na Cadeira Superior) e R$ 2.800 (inteira no VIP Backstage Mirante) com a possibilidade de parcelamento em até 4 vezes, sem juros nas compras online e na bilheteria, e em até 10 vezes, com juros apenas nas compras online em:
Meia entrada estudante e meia entrada idoso é limitada a uma por CPF.
Haverá dois tipos de espaços VIPs, mas sem visão direta dos shows. O Backstage Mirante, no sétimo andar, oferecerá open bar, open food, Kit Monsters (brinde exclusivo), estrutura própria de banheiros, chapelaria, loja de merchandising, acesso exclusivo à Pista Premium e after show de até duas horas após o término do festival. Já o Fan Zone, localizado no anel inferior, oferecerá duas opções, uma com acesso à Pista Premium e a outra para Cadeira Inferior. Ambas com acesso exclusivo, open bar, open food, Kit Monsters (brinde exclusivo), banheiros, loja de merchandising e after show de até uma hora após o término do festival.

SOBRE A MERCURY CONCERTS
A Mercury Concerts é responsável pelo agenciamento de turnês internacionais na América Latina e também pela idealização e produção de shows e festivais de grande sucesso em todo o Brasil. Entre suas realizações nesses 30 anos de história estão festivais como Monsters of Rock, Ruffles Reggae, Close-up Planet, Skol Rock, São Paulo Trip e Rockfest. Além disso, a Mercury realizou no país shows e turnês de artistas de renome como AC/DC, Bon Jovi, Yes, Black Sabbath, David Gilmour, Sting, KISS, Guns N’ Roses e Aerosmith.
Mais informações:
Site oficial: https://mercuryconcerts.com
Redes Sociais: @mercuryconcerts @monstersofrockbr