Saor – “Amidst the Ruins” (2025)

SAOR CAPA (1)
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Saor – “Amidst the Ruins” (2025)

Season Of Mist
#AtmosphericFolk #Black Metal

Para fãs de: Primordial, Agalloch, Alcest, Moonsorrow

Texto por Cristiano Ruiz

Nota: 9,0

“Amidst the Ruins”, sexto full lenght da discografia do Saor, one-man-band de Atmospheric Folk/Black Metal, saiu em 7 de fevereiro, pelo selo Season of Mist. O sucessor de “Origins” chegou, portanto, pouco menos de três anos de seu lançamento. A sequência de “Forgotten Paths” e “Origins” me impressionara muito e, dessa forma, eu jamais deixaria de expressar minha análise sobre a sua continuação.

Assim como nos registros anteriores, a genialidade e a criatividade do vocalista e multi-instrumentista Andy Marshall originou memoráveis composições. Tão logo a faixa título soou seus primeiros acordes, me lembrei da primeira vez que ouvi o álbum “Forgotten Paths” e como aquela sonoridade me seduziu instantaneamente. Ou seja, Marshall deixou explícita a sua assinatura musical única desde o princípio de seu mais recente registro. Apesar de estarmos falando de Black Metal, a música do Saor soou para mim relaxante e viajante desde que a ouvi pela primeira vez há seis anos. Ora estamos ouvindo Black Metal ora parecemos ouvir uma mescla entre Led Zeppelin e Jethro Tull.

“Echoes of the Ancient Land” soa puramente Black Metal a princípio, entretanto, ganha elementos atmosféricos e folclóricos com o passar dos 11m41s de sua duração. Em seguida, os acordes iniciais etéreos de “Glen of Sorrow” servem de preparação para mais uma jornada no universo Folk/Black. É impressionante notar os detalhes melódicos, harmônicos e ritmicos de cada um dos instrumentos executados por Andy, ainda que saibamos que não se trata de uma banda propriamente dita, os arranjos parecem nascer da inspiração de diversas mentes. Além disso, a fantástica vocalista Àngela Moya Serrat faz uma excelente participação entoando vocais limpos.

A canção “The Sylvan Embrace”, a de menor duração da obra com apenas 8m18s, é, igualmente, a com a veia Folk mais presente. Em suma, ela é puramente uma excursão a parte mais profunda do ego.

Trazendo a pegada Black Metal novamente ao comando das ações, “Rebirth”, embora seja somente a quinta faixa do track list, encerra o álbum “Amidst the Ruins” com a mesmíssima excelência com a qual ele iniciou. Ao todos, são 58h52s totalmente psicodélicos que aliam elementos folclóricos com Atmospheric
Black Metal. Simplesmente, imperdível.

Ouça “Amidst Ruins” na íntegra:

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