Falconer – “From a Dying Ember” (2020)

Nota: 9,0

“O Falconer é uma excelente banda de Power Metal com vocais graves e influências medievais”. Só pela afirmação acima, já valia a pena conferir o nono disco dos suecos, “From a Dying Ember”. Fora a voz de Mathias Blad, límpida e com timbre seguro, o disco tem outros destaques como o abre alas “Kings and Queens”, que já incorpora o medievalismo acompanhado de bateria rápida, solos e riffs melódicos.

Para os fãs da boa e velha escola alemã de Power, o fan servisse está lá: “Desert Dreams” vem com bateria rápida e refrão estilo Helloween antigo, só que como se Michael Kiske fosse um barítono ou baixo. “Redeem and Repent”, por sua vez, entra com um bom riff de guitarra. É como se a voz de Mathias ganhasse um destaque natural.

Os fãs do medievalismo, por outro lado, terão sua sede satisfeita com “Bland Sump och Dy”, que funciona como um bardo cantando na taverna acompanhado de violinos. O disco devia apostar mais forte ainda no medieval, como na intro de “Fool´s Crusade”. O caminho é esse.

A melhor, porém, é a bonita e elegante “Rejoice the Adorned”, uma balada digna dos salões da realeza que ganha um toque refinado e elegante com o vozerão. O Falconer vem voando (com o perdão do trocadilho) no meio daquelas bandas que não são famosas, mas que mereciam mais destaque. Com “From a Dying Ember”, o quinteto subiu mais um degrauzinho rumo ao sonhado lugar ao sol.

Gustavo Maiato