Hammerfall – “Masterpieces” (2008) (Relançamento 2025)
Nuclear Blast Records | Shinigami Records
#PowerMetal #EpicPowerMetal
Para fãs de: Helloween, Judas Priest, Skid Row, Accept
Texto por Will Menezes
Nota: 8,0
Após alguns bons anos tentando quebrar a “maldição” dos três primeiros álbuns — que caíram nas graças do público —, seguidos por uma série de trabalhos que não alcançaram aclamação à altura, o Hammerfall trouxe uma carta na manga. Em 2008, a banda lançou uma coletânea chamada Masterpieces, composta integralmente por covers de 18 canções dos mais diversos gêneros do metal, registradas ao longo das sessões de gravação de sua carreira. Muitas dessas músicas fizeram parte de materiais promocionais ou de versões limitadas dos álbuns anteriores, mas os suecos incluíram três faixas inéditas, em um compilado que teve como claro objetivo tentar reconquistar a atenção do público. E, em 2025, a Shinigami Records — em parceria com a Nuclear Blast — promove um relançamento remasterizado, seguindo a cronologia de revisitações ao catálogo da banda.
Sob o escopo de um álbum tributo a clássicos do rock e do metal, trata-se de uma obra interessante. Lembro bem do impacto que causou na ocasião de seu lançamento. Por um lado, a banda presta homenagem a titãs da cena, como Helloween, com “I Want Out” (que conta com a participação de Kai Hansen, agregando bastante valor à execução); Accept, com “Head Over Heels” (também com uma participação especial original, de Udo Dirkschneider); e Judas Priest, com “Breaking the Law”. Por outro lado, os suecos exploram nomes menos expressivos, dando um toque especial de personalidade ao conjunto, como Warlord, Chastain e Picture.
A execução das canções é mais solta, transmitindo a impressão de que não há o peso da expectativa que recai sobre um álbum de inéditas. Isso joga a favor da banda, que tem espaço para reafirmar sua competência técnica — especialmente em músicas como “Rising Force”, de Yngwie J. Malmsteen.
Se a intenção era aliviar a pressão gerada pelas expectativas criativas, o Hammerfall acertou ao lançar um álbum tributo leve, quase divertido, que oferece um agrado imediato a qualquer fã de metal clássico em uma audição recreativa e despretensiosa. Com o perdão da comparação, é como aplacar a animosidade entre fanáticos de diferentes torcidas de futebol ao relembrar os feitos da seleção na Copa de 70. Independentemente das expectativas que pesem sobre a banda, aqui está um belo acerto dos suecos.