Manowar – Espaço Unimed, São Paulo/SP (23/09/2023)
Produção: Mercury Concerts
Assessoria: Catto Comunicação
Texto por Mauro Antunes
Fotos por Jake Owens/Magic Circle Entertainment
Na cidade que não dorme nunca, o último final de semana foi daqueles repleto de grandes atrações musicais como por exemplo a eterna ex-Nightwish Tarja Turunen, Camisa de Vênus e alguns outros menos cotados e como não poderia deixar de ser, nós do Metal na Lata tínhamos o dever de presenciar o show do Manowar em uma das melhores casas de São Paulo, o Espaço Unimed que ultimamente se transformou como um grande palco pra shows do nosso gênero favorito. Quem conhece São Paulo, sabe o quanto a casa é bem localizada, a poucos metros de uma estação de Metrô e Trem, além da estrutura privilegiada que engrandece qualquer evento.
Chegamos por lá as 20h30h e o calor estava grande, e tive a oportunidade de conhecer alguns fãs da banda que tem o Manowar como sua banda favorita. E não eram poucos! Eu, particularmente, fazia um bom tempo que não os via ao vivo.
O show começou poucos minutos após as 21:30hs e de cara um clássico absoluto, simplesmente a faixa ‘Manowar’ uma das mais saudadas pelos fãs. Impressionante como funciona bem ao vivo. Cantada a plenos pulmões, ‘Kings of Metal’ com seu refrão batido mas que funciona (quem nunca ouviu ‘Other Bands Play, Manowar Kill!, não pertence a este mundo), emendando com outro hit, a tipicamente Hard Rock ‘Fighting the World’. Após mais uma clássica dos anos 80, a ótima ‘Holy War’ veio a única faixa das mais recentes, ‘Immortal’ que considero uma das melhores do show. Ficou soberba a interpretação de Eric Adams que mesmo aos 71 anos de idade, manda bem demais ao vivo. Sua presença de palco é incrível para alguém nessa faixa etária.
A faixa de abertura de ‘Warriors of the World’ (2002), ‘Call to Arms’ foi uma das mais saudadas pelos fãs, a balada ‘Heart of Steel’ foi aquele momento para respirar e perceber ainda mais o quanto Eric Adams está mandando bem, o que honestamente me surpreendeu. Enquanto o mini palco era preparado para uma versão mais intimista do clássico ‘Warriors of the World United”, Eric Adams interagiu com a plateia exaltando (em inglês) a beleza da cidade de São Paulo e o quanto ele gosta de simplesmente andar pela cidade dizendo que o tinha feito no dia anterior.
E quando chegou a hora de ‘Warriors…’, músicos de uma banda cover do Manowar, alguns que, inclusive, já estiveram no próprio Manowar assumiram os postos, inclusive Eric Adams cedeu na primeira metade, o microfone ao vocalista da banda cover, uma atitude no mínimo respeitosa e digna de aplausos do veterano vocalista.
Pra finalizar a entrada principal 5 faixas mais rápidas que funcionam bem ao vivo onde destaco ‘The Power’ e ‘Fight Until We Die’ duas das mais nervosas faixas da carreira do Manowar.
Antes do bis dois momentos ímpares da noite: o primeiro deles um discurso de Joey deMaio em português (claramente alguém estava falando com ele no ponto) em que ele utilizou gírias e expressões como ‘chapando o coco’ e ‘batendo um rango’ além de dar um belíssimo ‘Vai se F****’ a quem não gosta de São Paulo, de Heavy Metal, e é claro, para quem não gosta de Manowar. Mas ainda tivemos outro momento que considero no mínimo, sem noção: a exibição de um filme nos telões do Espaço Unimed chamado o ‘O 11º Mandamento’ que me absterei de maiores comentários. Simplesmente, nada a ver!
Voltando ao show, o bis ficou por conta do maior hino do Manowar, ‘Battle Hymn’, e a rápida ‘Black Wind, Fire and Steel’ que fecharam a noite da melhor forma possível.
Podemos enumerar aqui uma variada gama de clássicos que ficaram de fora do setlist como ‘Metal Daze’, ‘Hail to England’, ‘Kill with Power’, ‘Thor’, ‘Guyana’, ‘Blow Your Speakers’, ‘Kingdom Come’ (minha faixa favorita!), ‘Return of the Warlord’, ‘Brothers of Metal’, isso só para citar algumas, mas de qualquer forma os fãs não tem do que reclamar.
Outro ponto alto foi a qualidade do som simplesmente impecável, o volume do baixo do chefão da porra toda, Joey deMaio estava absurdamente alto, algo um tanto quanto incomum nos shows de Metal, o que foi um charme a mais. De negativo apenas a parada para o já citado filme ‘O XI Mandamento’ que de novo, nada teve a ver com o show, e que serviu apenas para quebrar o clima e nada mais! No geral o show valeu a pena e o Manowar ainda tem seus encantos e sua magia com aqueles que os amam. Penso que eles têm mais alguns anos de atividade pela frente. Você que chegou até aqui e ainda não conhece Manowar, ainda está em tempo de conhecer. Goste ou não, eles representam muito os seus fãs!
Obrigado Mercury Concerts e Catto Comunicação pelo credenciamento e parceria de sempre!
Setlist:
Manowar
Kings of Metal
Fighting the World
Holy War
Immortal
Call to Arms
Heart of Steel
Warriors of the World United
Guitar & Bass Duet
Hail and Kill
The Dawn of Battle
King of Kings
The Power
Fight Until We Die
Battle Hymn
Black Wind, Fire and Steel






