Palace – “Reckless Heart” (2024)
Frontiers Music
#AOR #MelodicRock #SoftRock
Para fãs de: Lionville, Stan Bush, Tim Feehan, FM, Work Of Art
Texto por João Paulo Gomes
Nota: 9,5
“Era hora de voltar às raízes, como dizem, e finalmente fazer aquele verdadeiro álbum AOR dos anos 80 que sonhei criar desde que comecei o Palace. É o elo que faltava entre 1985 e 2024”.
Com essa divulgação para a imprensa, o vocalista, produtor, compositor e multi-instrumentista lituano Michael Palace (First Signal, Code Red, Toby Hitchcock, Adrenaline Rush, Reach, Cry Of Dawn, Kryptonite, Houston, Find Me, Kent Hilli, Murder Of My Sweet, Pride Of Lions) apresenta seu novo álbum, onde escreveu todas as músicas, tocou todos os instrumentos, produziu, mixou e masterizou.
Obsessivo pelos detalhes e sintonias finas, Palace apresenta arranjos super, hiper, mega cuidadosos, vocais melódicos, melodias geniais, refrãos contagiantes, guitarras cativantes e muito sintetizador, criando uma atmosfera de soft rock envolvente e brindando o ouvinte com pura arte e poesia em sons, tons e cores.
“Reckless Heart” não é apenas um passeio pela paisagem sonora icônica da década de 1980 a bordo de um conversível, tendo como vista as praias e palmeiras da costa da Califórnia, mas sim um tour de force que mergulha o ouvinte na essência do estilo com aquela atmosfera de synth wave das trilhas sonoras dos anos 80 (“Iron Eagle”, “Top Gun”, “Dias de Trovão”, “St. Elmo’s Fire” ou “Miami Vice”) sem soar falso, piegas ou exagerado.
Alguns dirão que poderia haver mais variedade e menos compressão, com canções não tão “polidas” e menos “certinhas”. Outros dirão que, por ser uma banda de um homem só, pode-se perder em perspectiva e qualidade. Mas Palace não está nem aí para isso e cria uma máquina do tempo que faz exatamente o que se espera dele — e não há nada de errado nisso.
Michael Palace é um dos grandes nomes do AOR atual, e “Reckless Heart” não é apenas uma homenagem aos tempos dourados do AOR, mas uma celebração da quintessência do estilo.
