Siegrid Ingrid – “Massacre In Lorena” (2024)
Independente
#Crossover #ThrashMetal #DeathMetal #Hardcore
Para fãs de: Slayer, S.O.D, Morbid Angel, Agnostic Front, Hatebreed, Korzus, Sepultura
Texto por Samuel ‘Slanderer’ Souza
Nota: 8,0
Se você acha que o underground brasileiro perdeu sua fúria com o tempo, o Siegrid Ingrid está aqui para te provar o contrário. O lançamento de “Massacre In Lorena”, o primeiro álbum ao vivo da banda paulistana, é um registro cru e direto da energia brutal que eles despejaram no Ferrovia Estúdio, em Lorena/SP, durante uma turnê intensa ao lado da lenda Nervochaos.
Gravado em 14 de novembro de 2024 e lançado um mês depois, o play é uma celebração da resiliência da banda. O Siegrid Ingrid enfrentou hiatos, trocas de formação, intensos problemas pessoais e uma pandemia, mas voltou com força total. O folclórico e incansável vocalista Mauro Punk define o álbum como um marco de superação, refletindo uma fase em que o grupo está mais afiado do que nunca.
O tracklist traz 11 faixas que percorrem a carreira da banda, misturando clássicos dos anos 90 com sons recentes do álbum “Back From Hell” de 2023. De “Murder” a “Suicide”, o álbum é uma descarga de agressividade e honestidade sonora, sem retoques artificiais. A produção ficou nas mãos de Martin Pent, que soube captar a atmosfera visceral do show, com uma qualidade absurda e, diga-se, tudo audível e com uma carga sonora que bate forte. A arte de capa de Artur Fontenelle foge à regra dos discos ao vivo, mas traduz visualmente o fim de toda subsistência.
Com Punk nos vocais, André Gubber na guitarra, Luiz Berenguer no baixo e Romulo Minduim na bateria, o Siegrid Ingrid mostra que não apenas sobreviveu, mas continua relevante e barulhento. “Massacre In Lorena” é mais do que um álbum ao vivo: é um manifesto do underground nacional, um lembrete de que o peso e a fúria estão vivos e bem representados, enquanto alguns se perderam pelo caminho e/ou vivem no ilusório mundo virtual.
Disponível em todas as plataformas digitais, esse álbum é para quem quer sentir o underground pulsando alto, sem filtros, sem mi mi mi. E diga-se, espero que possa sair uma versão física para nossa coleção. Se você ainda não ouviu, prepare-se: o massacre começa agora!
