Testament – “The Legacy” (1987) (Remastered 2024)
Nuclear Blast
#ThrashMetal
Para fãs de: Metallica, Exodus, Forbidden, Anthrax
Texto por Johnny Z.
Nota: 9,0
Indiscutível é a importância do primeiro álbum do gigante Testament para o Thrash Metal. “The Legacy” é, sem dúvidas, um dos grandes clássicos da banda. Lançado em 1987, o álbum marcou a estreia do Testament na cena musical, consolidando sua posição como uma das bandas mais promissoras do Thrash Metal. Na humilde opinião deste redator, não é o melhor álbum da banda, mas é um clássico inquestionável graças à sua crueza, impacto, agressividade e à técnica de composição refinada de seus músicos. O que dizer da dupla de guitarristas Eric Peterson e Alex Skolnick? Os vocais poderosos de Chuck ‘Chief’ Billy, o baixo preciso de Greg Christian e, mesmo o mediano (leia-se reto e nada mais) Louie Clemente na bateria, não fazem feio nesta estreia.
A faixa de abertura, “Over the Wall”, muito querida pelos fãs, é uma verdadeira catarse thrash de quebrar pescoços, enquanto “Raging Waters” impressiona com seus versos rápidos e contínuos. “Alone in the Dark” e “Do or Die” introduzem elementos melódicos que contrastam com a intensidade das outras faixas, mas “Burnt Offerings” e a faixa final “Apocalyptic City” simplesmente te jogam para o mosh instantaneamente.
“The Legacy” foi recebido com entusiasmo pela crítica e pelos fãs, elogiado por sua energia bruta e habilidade técnica. A produção do álbum foi feita por Alex Perialas, conhecido por seu trabalho com outras bandas icônicas do Thrash Metal, como Anthrax e Overkill. Mesmo com a produção um pouco abafada, o álbum conseguiu capturar a intensidade e a força da banda.
Nesta nova remasterização, a cargo de Justin Shturtz e lançada exclusivamente em formato vinil gatefold de 180 gramas, nas cores vermelho e branco, limitada a 1500 unidades (apenas no exterior), temos uma qualidade sonora muito mais encorpada, bruta e recheada do que a abafada original de 1987, especialmente nas partes de bateria e baixo, assim como nos timbres das guitarras, que estão mais robustos, e nos vocais, que agora são mais amplos e equalizados com muita profundidade. Além disso, o encarte, do tamanho da capa do vinil, traz imagens inéditas e novas notas.
O único ponto negativo dessa nova versão é a capa, que foi completamente alterada, removendo todo o fundo e deixando apenas o detalhe da caveira. Entendo a intenção de apresentar algo novo, mas uma recriação da capa original, como feito em álbuns posteriores relançados pela mesma gravadora, teria sido mais apropriado.
Outro porém — e aqui é uma queixa bem pessoal — é a ausência de lançamento em formato CD. Quem sabe um dia isso mude? Minha coleção não ficará completa por conta desse mísero detalhe, e por isso a nota não foi um redondo 10! Pô, Nuclear Blast, aí pegou pesado! (risos)
Verdadeiras instituições do Thrash Metal mundial e da rifferama!