Accept – “Blood Of The Nations” (2010) (Relançamento 2024)
Nuclear Blast | Shinigami Records
#HeavyMetal
Para fãs de: Primal Fear, Grave Digger, Running Wild, Rage, Judas Priest
Texto por Johnny Z.
Nota: 10
“Blood of the Nations” marca o retorno triunfante do Accept ao cenário do heavy metal, trazendo uma sonoridade renovada e uma energia arrebatadora. Lançado em 2010, este álbum representa um marco na carreira da banda alemã, sendo o primeiro a apresentar o vocalista Mark Tornillo e consolidando uma formação que cativou tanto os fãs antigos quanto uma nova geração de ouvintes.
Sob a produção impecável de Andy Sneap, “Blood of the Nations” apresenta uma coleção de 13 faixas poderosas que capturam a essência do heavy metal clássico, ao mesmo tempo em que trazem uma abordagem pesadíssima, moderna e atualizada. Desde o explosivo início com “Beat the Bastards”, com nuances disfarçados de “Balls To The Wall” porém mais rápida, escancarou-se uma realidade que acompanha a banda desde então: Mark Tornillo era o cara certo para substituir o até então insubstituível Udo Dirkschneider.
“Teutonic Terror” e “Pandemic”, que foram lançados como single antes do álbum na época, se tornaram não só clássicos queridos no extenso catálogo dos alemães, como, desde então, vem sendo apresentadas como carros-chefes em seus shows!
Sim meus caros, esse álbum foi uma enorme catarse e uma verdadeira montanha-russa de riffs poderosos, solos de guitarra virtuosos e refrões memoráveis como nos bons tempos.
A crítica mundial foi unânime em seu elogio a este trabalho. Muitos consideram “Blood of the Nations” como um dos melhores álbuns de heavy metal da década, destacando a qualidade das composições, a performance dos músicos e a produção de alto nível a cargo do mago das produções: Mr. Andy Fuckin’ Sneap! Faixas como “The Abyss” e “Blood of the Nations” rapidamente se tornaram também favoritas dos fãs, demonstrando a habilidade da banda em criar músicas que são ao mesmo tempo intensas e cativantes por todo o álbum, não somente fortes singles espalhados aqui e ali.
Além de sua excelência musical, o álbum também representou um retorno da banda aos holofotes, pois embarcaram em uma extensa turnê mundial para promovê-lo, consolidando sua posição como uma das principais forças do heavy metal naquele ano. Todo mundo caiu de queixo com a qualidade de “Blood of the Nations”, e o melhor de tudo foi que apontou para um futuro promissor, mostrando que, mesmo após décadas de carreira, a banda ainda tinha muito a oferecer ao mundo do metal com essa nova e poderosa formação que contava, além do “novato que de novato não tinha nada” Mark Tornillo, com os membros originais Wolf Hoffmann (único até hoje presente na banda) e Peter Baltes (baixo, atualmente tocando com – sim, ele mesmo, o Udo), mais os experientes e já conhecidos dos fãs Herman Frank (guitarra) e Stefan Schwarzmann (bateria).
Faixas como a feroz e veloz “Locked and Loaded”, a exuberante faixa bônus “Time Machine” (aqui no meio do tracklist e que não tem nem cacoete de ser apenas um ‘bônus’, de tão boa que é!), a empolgante crossover de Heavy Metal com Rock N’ Roll “Rollin’ Thunder”, saltam aos ouvidos logo na primeira audição.
A balada “Kill The Pain” – talvez a menos empolgante do álbum – quebra o clima e faz o ouvinte realmente relaxa da surra que estava levando (risos), mas é por pouco tempo, pois “New World Comin'”, “No Shelter” e “Bucketful of Hate” demonstravam a habilidade da banda em criar músicas cativantes com influências britânicas e oitentistas, em plenos anos 2010, sem soar clichê, ultrapassado ou até mesmo repetitivo! Pura energia!
Em resumo, “Blood of the Nations” é uma obra-prima do heavy metal, um álbum que captura a essência e a energia do gênero de forma inigualável, amplificada, energizada e impiedosa. Para os fãs do Accept e do metal em geral, este é um trabalho obrigatório, que demonstra o poder duradouro e a relevância contínua dessa lendária banda alemã.