Annihilator – “Ballistic, Sadistic” (2020)

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Annihilator – “Ballistic, Sadistic” (2020)
Silver Lining Music

#ThrashMetal#SpeedMetal#ModernMetal

Para fãs de: OverkillForbiddenTestament

Nota: 9,0

Formado em 1984, o Annihilator nunca foi considerado um grupo do primeiro escalão. Que os fãs não fiquem bravos comigo, mas a verdade é essa, pois mesmo tendo lançado álbuns considerados clássicos como “”Alice in Hell” (1989) e “Never, Neverland” (1990), e um que quase atinge esse patamar (“Set the World on Fire” de 1993), a verdade é que a banda liderada por Jeff Waters nunca conseguiu manter um padrão com relação aos seus trabalhos, mesmo que tudo venha diretamente do guitarrista e hoje também vocalista. Muito disso pode se dar em razão das inúmeras trocas de integrantes que passaram pela banda ao longo desses mais de 35 anos de atividades. E hoje, após um grande número de trabalhos sintetizados por altos e baixos, o grupo lança “Ballistic, Sadistic”, um petardo digno dos trabalhos que elevaram o nome da banda no fim dos anos 80 e início dos anos 90. Guitarras bem timbradas e pesadas, cozinha entrosada (apesar que Randy Black faz falta) e o vocal de Waters que parece ter definitivamente encontrado o ponto certo entre a agressividade necessária e a melodia quase que espontânea que as composições do grupo pedem.

“Armed to the Teeth” abre o álbum com riffs inspirados de Waters de de seu companheiro de seis cordas, Aaron Homma. A cozinha composta por Rich Hinks (baixo) e Fabio Alessandrini (bateria) garante o peso necessário às linhas compostas pelo vocalista/guitarrista. Um verdadeiro alinhamento entre o Thrash e o Speed, mostram que Waters consegue compôr dentro dessa vertente como poucos. Na seqüência, “The Attitude” inicia com uma pegada mas cadenciada, mas ganha intensidade e velocidade logo em seguida, num verdadeiro convite ao mosh. Já “Psycho Ward” tem uma atmosfera mais Thrash 80’s, com uma pequena, mas considerável, inserção de prog metal em seu desenrolar. Nada que venha a atrapalhar…

A porrada come solta desde o início de “I Am Warfare”, sem descanso, seja para os ouvidos, seja para o pescoço, assim como “Out With the Garbage”, que me lembrou das músicas que o Overkill cria com muita facilidade, sendo que aqui, Waters conseguiu imprimir a sua personalidade, principalmente no desenrolar da faixa. E tome mais peso em “Riot”, onde Aaron Homma mostra que é o companheiro de riffs que Waters vinha procurando ao longo de algun bons anos. Ainda podemos destacar “One Wrong Move”, uma faixa que traz as características do Annihilator: pesada, rápida e com momentos mais “quebrados”, além de um belo solo de guitarra, “Lip Service”, com o baixo de Rich Hinks comandando o andamento, e com o vocal de Waters mais melódico, e o encerramento com “The End of the Lie”, um Thrash à moda antiga, sem tempo pra respirar!

“Ballistic, Sadistic” recoloca o Annihilator no caminho certo, qual seja, o do Thrash/Speed Metal mais clássico e característico do grupo. Se isso vai durar, só o tempo dirá. A verdade é que, ao menos por enquanto, esse disco já tem lugar cativo entre os melhores de 2020!

Sergiomar Menezes

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