Art Of Anarchy – “The Madness” (2017)
Another Century | Century Media Records
Nota: 9,0
Seguindo a linha do sensacional álbum de estreia, “Art Of Anarchy” (2015), que ainda contava com o saudoso e não menos brilhante vocalista Scott Weiland (ex-Stone Temple Pilots / Velvet Revolver), falecido no final de 2015, a banda encontrou em Scott Stapp (ex-Creed) um sucessor à altura para manter o alto nível.
Esqueça as vocalizações “mimimizentas” que Scott fazia nos tempos de Creed, aqui ele fez bonito e mostrou que tem uma belíssima voz MESMO!
A sonoridade continua mesclando, homogeneamente, grandes pitadas de Metal e Hard com melodias comerciais/modernas que farão fãs de Alter Bridge, Tremonti, Disturbed e afins muito contentes.
Não pense que só porquê citei a palavra “comercial” que o negócio é ruim, ensosso, meloso ou chato, pelo contrário, o bicho pega pra valer, mesmo sendo mais acessível! Um bom exemplo disso é “Won’t Let You Down”, que consegue agradar até mesmo quem não é do Rock.
Talvez, para os que estão mais familiarizados com as rádios, as que chegam um pouco mais próximas à sonoridade do Creed sejam “Changed Man” e “A Light in Me”, mas para quem conhece bem a carreira de ambas bandas não nota tanta semelhança.
“The Madness”, primeiro single pode não ter surtido muito efeito aos ouvintes por ser uma faixa simples sem grandes pretensões, mas não ache que o restante é dessa forma não! Escute e se espante!
Guitarras com riffs bem ‘groovados’ e vistosos, levadas dignas de maestria e ganho de causa já são nitidamente percebidas logo na empolgante faixa que abre o álbum, “Echo Of A Scream”.
Todas as músicas possuem grandes refrões e melodias que conquistam o ouvinte, daqueles que você sente na alma e sabe que foram compostos da mesma forma. Ponto para todos os compositores/músicos de altíssimo nível Ron “Bumblefoot” Thal (ex-Guns N’ Roses), Vince Votta, Jon Votta, John Moyer (Disturbed) e, principalmente, Scott que conseguiu soar emocional na medida certa, tão ímpar quanto seu antecessor (o maior pecado de Scott quando estava no Creed era o exagero que chegava até irritar os fãs mais fanáticos).
Não temos solos mirabolantes, nem virtuosismo chato, muito menos baladas, nem nenhuma versão acústica, apenas o bom e velho Rock/Metal, com todos os instrumentos bem “na cara” do ouvinte graças a uma produção vibrante.
O grande destaque, na minha opinião, ficou por conta das faixas “No Surrender”, a pesadíssima “Dancing With The Devil” e “Afterburn”, sendo que essa última encerra o disco de forma vistosa e com um peso digno de nota! Talvez a melhor faixa da banda junto com “‘Till The Dust Is Gone” do álbum anterior.
Para aqueles que achavam que o Sr. Scott Stapp não se encaixaria na banda ou estava mais para o pop se enganaram PROFUNDAMENTE! O negócio aqui é ÓTIMO demais #chupemcéticos #chupemtr00zões
Johnny Z.