Avantasia – “Here Be Dragons” (2025)
Napalm Records
#PowerMetal #SymphonicPowerMetal
Para fãs de: Helloween, Edguy, Ayreon
Texto por Luiz Gustavo Santos
Nota: 8,0
Prestes a retornar ao Brasil para o Bangers Open Air, em São Paulo, o maior projeto/banda de Metal Ópera do mundo apresenta seu décimo disco completo de estúdio.
O disco não traz quaisquer novidades em relação à sonoridade. Todos os requisitos para um álbum do Avantasia estão aqui: músicas épicas, levadas melodiosas, refrões marcantes, grandes solos, convidados ilustres, etc.. Por outro lado, falta, a meu ver, um pouco de inspiração. Isso porque o disco, como um todo, não chega a empolgar.
“Creepshow”, faixa de abertura e também lançada como single, começa divertida e é bem intencionada, pensada pra servir como número de abertura. Porém, seu refrão repetitivo é insuficiente para criar um grande hit. Na sequência, “Here Be Dragons”, que revisita algumas levadas já utilizadas pela banda, também não cativa.
Os pontos de destaque ficam mais para o miolo do disco. “The Moorlands at Twilight”, com a participação da figurinha carimbada Michael Kiske (Helloween) é um Power Metal clássico, com velocidade, grandes duetos de guitarra e agudos pra ninguém botar defeito. “The Witch” é, ao menos por enquanto, a minha predileta. Com participação do excelente Tommy Karevic (Kamelot), essa sim é uma faixa que remete aos grandes clássicos, trazendo belas orquestrações, refrão em lindos corais, e o clima épico que todos os fãs adoram.
Outros destaques são a participação da jovem vocalista americana Adrienne Cowan (Seven Spires) em “Avalon”, e de Kenny Lackremo (H.E.A.T.) em “Against The Wind”, outro típico Power Metal acelerado e com pedais duplos comendo o tempo todo. Também aparecem no disco: Bob Catley (Magnum), Geoff Tate (ex-Queensreich), Roy Khan (ex-Kamelot), Ronnie Atkins (Pretty Maids).
Apesar de alguns lampejos de vitalidade e inspiração, acima destacados, temos apenas mais um álbum que não vai figurar entre os grandes trabalhos do Avantasia. Aliás, nos últimos 15 anos (pra mais), apenas “Moonglow” merece essa honra. Talvez seja hora do genial Tobias Sammet repensar alguns conceitos e buscar novas alternativas para a banda. Pregar para convertidos funciona, mas também costuma cansar.