Cabal – “Everything Rots” (2025)

Everything Rots
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Cabal – “Everything Rots” (2025)

Nuclear Blast Records | Shinigami Records
#Deathcore #DeathMetal #ThrashMetal

Para fãs de: Distant, Viscera, Crown Magnetar

Texto por Lucas David

Nota: 9,0

Com a força de um leviatã, a máquina dinamarquesa Cabal chega ao seu quarto álbum de estúdio com Everything Rots, lançado via Nuclear Blast Records. Como uma imensa locomotiva de ferro avançando em meio à névoa e ruína, o mais novo trabalho da banda promete devastação — e entrega com maestria.

O álbum prepara o terreno com “Become Nothing”, uma faixa imersa em uma atmosfera ameaçadora. Ela evoca a sensação sinistra de despertar em um armazém em ruínas, assombrado por forças invisíveis que sussurram terror aos seus ouvidos. Curta, deliberada e arrepiante, conduz suavemente para “Redemption Denied”, onde a brutalidade realmente começa. Esta faixa é um clássico do Cabal: riffs pesados soam como pistões, a bateria golpeia com a precisão de máquinas implacáveis, e os vocais rasgam o ar como lâminas enferrujadas — garantindo que o ouvinte saiba exatamente o que o espera.

A faixa-título encapsula perfeitamente o tema industrial e decadente do álbum. Riffs sujos e cheios de groove grudam na cabeça, enquanto o refrão, quase cantado, garante sua permanência nos pensamentos. É o hino memorável que você não sabia que precisava em meio a tanto caos.

No entanto, o destaque inegável do álbum é “Still Cursed”. Esta faixa surge como um monstro colossal, capturando a atenção instantaneamente com riffs devastadoramente cativantes e um excelente vocal gutural de Aaron Matts, do TEN56. Seu breakdown no meio da música é sísmico — uma punição sonora que transita rapidamente da agressão à devastação absoluta, consolidando seu lugar como um dos pontos altos do disco.

O ataque implacável da banda não cessa, e “Hellhounds” preenche todos os requisitos que um fã de Deathcore deseja: vocais duplos colidem com maestria, riffs rugem como motosserras e os breakdowns batem mais forte que martelos industriais. É brutal, envolvente e feito para ser ouvido no volume máximo.

Em “End Times”, o peso e a velocidade do Death/Thrash que tanto amamos aparecem com força. Do riff de abertura ao inesquecível verso gutural — “Welcome to the end times, you son of a bitch” — tudo gruda na cabeça imediatamente. Um caos meticulosamente projetado, essa faixa foi feita para incendiar as rodas nos shows e provocar reações viscerais do público, garantindo seu lugar entre as faixas de elite do álbum.

Everything Rots é uma jornada esmagadora por um cenário devastado, entregando um metal brutal e visceral, feito para ser tocado alto o suficiente para assustar — e impressionar.

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