Coffin Feeder – “Big Trouble” (2025)

Big Trouble
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Coffin Feeder – “Big Trouble” (2025)

Listenable Records
#DeathMetal #Hardcore #Deathcore #Grindcore

Para fãs de: Aborted, Benighted, Suicide Silence

Texto por Lucas David

Nota: 10

Unindo grandes nomes do Death Metal e Hardcore mundial em uma avalanche sonora, o Coffin Feeder despontou como um dos melhores supergrupos formados nos últimos anos, e acaba de nos presentear com seu primeiro disco, Big Trouble, lançado via Listenable Records.

É claro que devemos começar apontando os integrantes da banda, formada por Sven De Caluwé (Aborted) nos vocais, Bart Govers e Jeroen Camerlynck (Fleddy Melculy) nas guitarras/vocais, Jan Halbert (Leng Tch’e) no baixo, e Siebe Hermans (Reverse the Sun) na bateria. O que o grupo se propôs a fazer é uma mistura de Death Metal, Grindcore e Hardcore, que se encaixa perfeitamente dentro da estética do Deathcore. As passagens atmosféricas, os urros já conhecidos de Caluwé e a bateria punitiva convidam o ouvinte a apreciar 35 minutos de pura brutalidade, técnica e peso — algo que poucos discos conseguiram alcançar até agora.

Outro ponto que vale ser mencionado é a temática do disco, baseada em filmes de ação dos anos 80/90, como Predador, Os Aventureiros do Bairro Proibido, Duro de Matar e Comando para Matar, apenas para citar alguns. Essa escolha agregou muito ao álbum, já que os filmes mencionados são repletos de testosterona e explosões — assim como os riffs musculares entregues pela dupla Govers e Camerlynck.

Após uma rápida intro, “Porkchop Express” explode nos falantes com uma avalanche de blast beats e riffs; os vocais doentios, com muitos pig squeals, fazem jus ao Deathcore proposto pela banda. A faixa já havia sido lançada como single, mas é sempre um prazer ouvi-la, especialmente com a participação de Julien Truchan, vocalista do Benighted. “If It Bleeds” vem na sequência e mantém o ritmo acelerado, com mais uma aula vocal de Caluwé ao lado de Ben Duerr (Shadow of Intent).

“The Destroyer” também é rápida, mas traz mais momentos com breakdowns e um groove à la Lamb of God, feita para quebrar pescoços. “OBEY” inicia outra surra sonora, com destaque especial para a bateria de Hermans. O que ele faz, não só nessa faixa, mas em todo o álbum, é uma amostra de técnica e agressividade acima da média, ditando o ritmo do disco como um bom Metal deve ser.

Perto do fim, “A Good Day to Die” resgata a pegada Deathcore com corais, ótimos breakdowns e passagens que remetem a Lorna Shore e a outras bandas do lado mais sinfônico do gênero.

Um último, porém não menos importante destaque, vai para a incrível arte da capa, feita por Dan Goldsworthy, que reuniu em uma única imagem todas as referências encontradas nas músicas e nos filmes citados. Você provavelmente passará um bom tempo observando os detalhes da arte, tentando identificar cada elemento.

Com Big Trouble, o Coffin Feeder se firmou de vez na cena extrema e entregou um trabalho matador. Se você é fã das bandas citadas no início ou de um bom Metal brutal, técnico e agressivo, este disco é para você. Certamente um dos grandes destaques do ano — e que ainda fará muito barulho na cena. Escute no volume máximo!

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