Helloween – “Chameleon” (Expanded Edition) (1993) (Relançamento 2024)
Noise Records | Dynamo Records
#HardRock #Metal #MelodicMetal #HardRock
Para fãs de: Gamma Ray, Angra, Bon Jovi
Texto por Henrique Haag
Nota: 9,0
Seguindo a linha do álbum anterior, “Chameleon” é um trabalho que foge totalmente do estilo metal e é ainda mais diversificado em termos de arranjos e novos elementos. Considerado o mais ousado de sua carreira, infelizmente desagradou a maior parte dos fãs e acabou culminando na demissão da banda pela gravadora.
O disco traz à tona as influências não heavy metal do grupo, começando pelos singles “When the Sinner”, que ganhou um videoclipe bem diferente dos anteriores; “I Don’t Wanna Cry No More”, escrita pelo guitarrista Roland Grapow e dedicada ao seu falecido irmão; a bonita “Windmill”, que soa mais como uma canção de ninar; e “Step Out of Hell”, outra composição de Roland, que na minha opinião ilustra bem o estilo predominante deste álbum.
Faixas como “Giants” e “Revolution Now” têm refrões fortes e marcantes, que hoje em dia são mais apreciados por ouvidos “menos conservadores”. Não podemos esquecer da longa “I Believe”, escrita por Michael Kiske, uma verdadeira obra-prima. Este álbum tem uma qualidade impecável em tudo o que se propõe a fazer. Se você ainda não lhe deu uma segunda chance, faça um favor a si mesmo e ouça “Chameleon” do início ao fim ainda hoje.
Por fim, este é o último trabalho do baterista Ingo Schwichtenberg, que já estava doente e se suicidou alguns anos depois, e também de Michael Kiske, que se desiludiu com o mercado musical, principalmente com o heavy metal, e decidiu se isolar por um tempo.
Nesta versão expandida, relançada pela Dynamo Records esse ano, foram adicionadas as faixas bônus “I Don’t Care You Don’t Care”, uma música bem voltada para a guitarra escrita por Weikath; a instrumental “Oriental Journey” de Grapow; “Cut in the Middle”, mais um daqueles lados B que só o baixista Markus Grosskopf sabe compor; “Introduction” e “Get Me Out of Here”, novamente por Weikath; “Red Socks and the Smell of Trees”, uma música longa e bem interessante escrita por toda a banda; “Ain’t Got Nothin’ Better”, mais uma vez de Markus; e, por último, uma versão demo do single “Windmill”.
