Infamous Glory – “Algor Mortis” (2024)

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Infamous Glory – “Algor Mortis” (2024)

Black Hole Productions | Xaninho Discos
#OldSchoolDeathMetal

Para fãs de: Dismember, Hypocrisy, Entombed, At the Gates, Gorement

Texto por Ricardo L. Costa

Nota: 9,0

Sabe aquele disco que você ouve e “pesca” informações aqui, capta referências ali e, no contexto geral, te agrada a ponto de você enxergar nele um potencial até então desconhecido? Pois bem, seja bem-vindo a brutal e pungente realidade do Infamous Glory.

O quinteto paulistano, até então desconhecido por este que vos fala, trás em “Algor Mortis” – seu mais recente trabalho -; uma salutar e intensa influência do Death Metal aos moldes suecos (Entombed, Dismember e Hypocrisy surgem a mente quase que instantaneamente), principalmente naquela estética brutal acrescida de uma mórbida melodia. A homenagem também fica escancarada na belíssima timbragem das guitarras, que se assemelham a serras partindo ossos como se fossem geleia.  

“Algor Mortis” traduz em pormenores uma experiência sonora rica, abrangente, no entanto, mantendo sempre o foco na extremidade musical quase dissonante. O Death Metal caminha de mãos dadas com o Doom em muitas incursões, o que favorece e intensifica a densidade quase lúgubre das composições, isso sem mencionar o vocal estarrecedor de Coroner, que soa como uma alma impura em permanente sofrimento na transição entre purgatório e inferno. É realmente assustador (no melhor sentido da palavra) o desempenho do nobre rapaz.

E nessa incursão ao caos, a morte e a desolação, “Algor Mortis” se torna mais efetivo a cada minuto de sua reprodução, soando intenso, caótico e visceral de forma harmoniosa, pontuando o que há de melhor nesse subgênero tão adorado por nós.

Deixe-se seduzir pela escuridão abissal e embarque numa viagem sem volta aos confins do submundo da rigidez cadavérica e da liquefação tecidual com “Corpse Fauna”, “Beast in the Cave” (Dismember puro e genuíno), “In The Cold Mist of Death”, e tantas outras. O Infamous Glory já está na ativa há mais de vinte anos, e este novo trabalho certamente vai trazer ao grupo a tão almejada e merecida projeção. É só esperar e colher os frutos vindouros.  

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