In Flames – “Reroute To Remain” (2002) (Relançamento 2025)
Nuclear Blast | Shinigami Records
#MelodicDeathMetal #ModernMetal #Metalcore
Para fãs de: Soilwork, Killswitch Engage, Trivium
Texto por Caio Siqueira Iocohama
Nota: 8,0
“Reroute to Remain” marcou, em 2002, a guinada definitiva do In Flames rumo a um som mais moderno, polarizando a base de fãs. Com elementos de nu metal, metalcore e produção eletrônica, o álbum praticamente sepulta o estilo mais cru e tradicional dos trabalhos anteriores.
A faixa de abertura, “Reroute to Remain”, já entrega a nova proposta: batidas cadenciadas, vocais alternando entre gutural e limpo, e uma pegada mais “grooveada. “Trigger” mantém o tom moderno, com boa dose de peso e refrão que funciona bem ao vivo, sendo presente frequentemente no repertório do grupo.
Mas é com “Cloud Connected” que a mudança se torna inegável, com sintetizadores na linha de frente e um refrão melódico quase pop, a música virou um grande sucesso embora tenha causado estranhamento entre os “puristas”. Querendo ou não, é a música mais tocada ao vivo pelo grupo, segundo o site setlist.fm.
“Dawn of a New Day”, por outro lado, desacelera tudo e traz vocais totalmente limpos, quase como uma balada alternativa. É uma faixa corajosa, mas que talvez soe deslocada para quem veio da era Colony.
O álbum tem seus altos e baixos. “Transparent” e “Dismiss the Cynics” tentam equilibrar o antigo com o novo, mas nem sempre conseguem soar naturais. Por outro lado, há mérito na tentativa de reinvenção e na ousadia de buscar novos caminhos.
“Reroute to Remain” não é o melhor disco do In Flames, mas é um dos mais importantes. Foi a partir dele que a banda se projetou para públicos mais amplos, principalmente nos Estados Unidos. Goste ou não da mudança, é um trabalho que deixou marca e influenciou toda a cena metalcore e alternativa do início dos anos 2000.