In Flames – “Whoracle” (1997) (Relançamento 2025)
Nuclear Blast | Shinigami Records
#MelodicDeathMetal #ModernMetal
Para fãs de: At the Gates, Dark Tranquillity, Dissection
Texto por Caio Siqueira Iocohama
Nota: 8,5
Lançado em 1997, “Whoracle” é o terceiro disco do In Flames e um dos pilares do chamado melodic death metal sueco. Aqui, a banda atinge um ponto de maturidade criativa dentro da sua fase clássica, misturando brutalidade técnica com passagens melódicas e atmosferas que beiram o progressivo. É também um álbum conceitual, o que adiciona uma camada a mais de “profundidade” à audição.
A abertura com “Jotun” já demonstra a proposta: riffs melódicos que se entrelaçam com vocais ásperos e uma produção mais coesa do que nos discos anteriores. “Gyroscope” traz uma pegada quase oriental na sua introdução e se transforma em uma faixa excelente.
Mesmo nos momentos mais técnicos, o In Flames consegue manter a coesão entre as faixas. “The Hive” é frenética e precisa. “Episode 666” é outro destaque absoluto, agressiva e rápida, mas com aquela harmonia de guitarras que virou marca registrada da banda. Enquanto “Everything Counts” (cover do Depeche Mode) mostra ousadia ao reinterpretar uma faixa eletrônica sob a ótica do metal extremo, sem perder o “feeling” original.
Com letras que abordam o colapso de uma civilização utópica, “Whoracle” combina o apocalíptico com o poético. A atmosfera é envolvente do começo ao fim, e mesmo hoje, quase três décadas depois, continua sendo um dos trabalhos mais respeitados da banda.
É um álbum que consolidou o In Flames como força criativa dentro do death melódico. Recomendado para quem quer entender de onde veio o som que influenciou toda uma geração de bandas nos anos 2000.
