Jinjer – “Macro (2019)
Napalm Records
#GrooveMetal, #Metalcore, #DeathMetal, #ProgMetal
Para fãs de: Gojira, Killswitch Engage, Arch Enemy, Mastodon, Killer Be Killed
Nota: 10
Os primeiros minutos da explosiva faixa de abertura “On the Top” não só comprovam que estamos diante de um novo fenômeno dentro da cena metálica, mas de como o grupo Ucraniano Jinjer evoluiu e necessariamente saiu de uma espécie de uma bolha para ganhar o mundo.
Em “Macro”, o terceiro disco de estúdio da banda, o que temos é um verdadeiro passeio por um parque de diversões, com vários momentos intrigantes, assustadores, daqueles que dão frio na barriga, mas que no final do dia, possivelmente você estará contando a todos os amigos e desejando sempre mais e mais dias como este.
A viagem sonora do Jinger passa por uma capitã, ou melhor dizendo, Tatiana Shmailyuk, que faz questão de ser a maquinista dessa locomotiva desenfreada pronta para passar por cima de tudo e todos. A vocalista não somente berra, como também eleva o material sabendo muito bem passar energia e feeling, com uma troca de vocalizações onde alterna muito bem os guturais com passagens mais limpas chamando atenção e mostrando que possivelmente será ilimitado a forma de criação da banda. Falando sobre as 9 faixas presentes, a veia criativa estava em alta, havendo espaços para sinfonias brutais do mais puro Death Metal ou instrumentais mais complexos com aqueles tempos todos quebrados, e muitas foram as vezes que fiquei imaginando uma junção de Cannipal Corpse com Dream Theater. Inesperado, não? Mas é exatamente dessa forma que o disco se apresenta, se pudesse colocar um selo de advertência para uma pessoa desavisada, o mesmo seria; “CUIDADO: O Jinjer não tem medo de arriscar e você, tem?”
“Judgement (& Punishment) ”, é uma daquelas músicas que você a ama ou vai odiar até os últimos suspiros de sua vida, isso porque temos alternâncias entre a porradaria e um momento jamaicano, sim, um reggae trazendo um certo clima de entardecer sangrento, numa roda punk cheia de dancinhas lentas, é alucinante e possivelmente se você tiver algo contra, desculpe, mas você sairá perdendo nessa história. Outras faixas merecem destaques, mas num disco completo, coeso e que consegue fazer uma banda chegar aonde todos querem estar, não há necessidade de mais elogios, qualquer adjetivo que possa escrever é redundante.
“Macro”, não só merece estar nos melhores álbuns de 2019, mas o mais importante de tudo, merece ser escutado, apreciado e decifrado e sempre revisitado.
No próximo ano o Jinjer desembarca para sua segunda visita ao Brasil, por isso faça um favor a si mesmo, COMPAREÇA e entre nessa viciante viagem musical, cheias de elementos e agressividades.
William Ribas