Jinjer – “Wallflowers” (2021)

Wallflowers-Jinjer
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Jinjer “Wallflowers” (2021)
Napalm Records | Liberation MC
#GrooveMetal, #ModernMetal, #DjentMetal , #Metalcore

Para fãs de: Gojira, Between The Burried And Me, Crowbar, Sepultura

Nota: 10

Seria correto começar esta resenha classificando o Jinjer como uma aposta? Ou, já podemos rotular como a grande realidade dentro do Metal na atualidade? O grupo ucraniano vem numa subida meteórica, principalmente após o álbum “Macro” (2019).

Para muitos, a pandemia atrapalhou e no caso do quarteto formado por Tatiana Shmayluk (vocal), Roman Ibramkhallov (guitarra), Eugene Abdukhanov (baixo) e Vlad Ulasevich (bateria) aparentemente o trabalho foi interrupto, afinal, o surpreendente “Wallflowers” viu a luz do dia mesmo nessa época. Mesmo com o disco anterior ainda muito fresco, o novo trabalho apresenta uma sonoridade ainda mais apurada – uma evolução, uma inquietude exuberante envolvente num rodamoinho de emoções de forma única.

A cada novo single lançado, a expectativa subia o degrau. “Vortex”, “Mediator” e a faixa título ganharam uma repercussão absurda, seja pela música estruturalmente louca e pesada, seja pela arte visual apresentada em ambos os vídeos. Sinceramente, as três faixas “não representam o álbum” por mais que muitos dos sobe-e-desce dentro das composições sejam uma constante. Melodias únicas, da voz melosa e hipnotizante ao rugido de uma leoa pronta a defender sua família da incompreensível destruição do ser humano. O que temos na realidade é uma versatilidade indescritível a cada passo dentro da audição.

Os singles se juntam a outras 8 faixas formando um verdadeiro repertório de artilharia pesada. São 11 faixas que formam uma unidade ímpar, onde não existe divisão e subtração – o máximo de favoritismo aqui somente dependerá do seu estado de humor, mas garanto que todas em algum momento serão “O Crush”. A abertura com “Call Me A Symbol” e “Colossus” deixam claro que a banda não brincou em serviço na sua brutalidade progressiva nem ao Pop Metal dançante destrutivo de “Discloure!”, é impossível não se surpreender no decorrer da faixa.

O trio “Copycat”, “Pearls And Swine” e “Sleep Of The Righteous” apresentam possivelmente a sequência mais eclética, pois são movimentos cronometrados dentro de subgênero do Crossover, Death Metal e Heavy Metal mais clássicos com palhetadas certeiras, mas que subitamente derramam tranquilidade em passagens cristalinas. A sacada final com “Dead Hands Feel No Pain” e “As I Boil Ice” não apresentam nada novo dentro do mundo “Wallflowers”, mas seguem o baile da porradaria e da menina que brinca de cantar, ou seria canta “brincando”?

Dois anos de um trabalho para o outro é um curto espaço na minha opinião. É uma linha tênue do fracasso ao estrelato. O Jinjer decolou e já podem dizer que hoje são um dos grandes nomes da atualidade – hoje, eles já podem ditar as regras do seu jogo.

William Ribas

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