Kataklysm – “Goliath” (2023)

Kataklysm-Goliath
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Kataklysm – “Goliath” (2023)

Shinigami Records | Nuclear Blast
#MelodicDeathMetal #DeathMetal #GrooveMetal

Para fãs de: Hypocrisy, Arch Enemy, Amon Amarth

Texto por Mauro Antunes

Nota: 8,5

Aqueles familiarizados com o poderio do Kataklysm sabem o que esperar. Com mais de 30 anos de carreira ininterrupta, a banda sempre buscou soar extremo, ocasionalmente experimentando, mas nunca deixando de ser brutal.

“Goliath” marca o 15º trabalho de estúdio da banda canadense, que possui uma grande legião de fãs no Brasil. Quase todos os seus álbuns foram lançados pelo respeitado selo alemão, Nuclear Blast. Quase três décadas de parceria com uma gravadora desse calibre já é motivo suficiente para que até mesmo o ouvinte mais desatento os veja com outros olhos. Isso é para poucos e muito bons!

Comparado ao seu antecessor, “Unconquered” (2020), “Goliath” se mostra menos ríspido e brutal. Ao longo das 10 faixas que compõem o álbum, não há grandes destaques individuais. “Dark Wings of Perception” abre o disco como uma síntese do que está por vir: Death Metal cadenciado no melhor estilo Morbid Angel, com a bateria ditando o ritmo, ora lento, ora rápido como um carro de Fórmula 1 na reta dos boxes. Outra faixa que merece destaque é “Heroes and Villains”, com uma alternância de ritmos desafiadora. Mal posso esperar para vê-los ousar tocá-la ao vivo!

Os dois membros originais remanescentes, Maurizio Iacono (baixo, vocal) e Jean-François Dagenais (guitarra), continuam sendo os líderes da banda, mesmo dividindo seu tempo com outros dois projetos: Ex Deo e Invictus, ambos com propostas musicais bem diferentes das do Kataklysm. São verdadeiros trabalhadores incansáveis, e especialmente o Ex Deo merece a atenção dos headbangers em geral. No entanto, não podemos deixar de elogiar o baterista James Payne, uma máquina que poderia tocar em qualquer banda de Metal do planeta com seu estilo diversificado. Quando ele toca de forma simples, como na introdução de “Gravestones & Coffins”, por exemplo, sua genialidade é evidente. Vale a pena prestar atenção nele!

Sim, há muito Metal de qualidade no Canadá. O Kataklysm continua na vanguarda, e cada novo trabalho é uma experiência sonora que merece ser ouvida. Embora este não seja o melhor álbum deles, descartá-lo é algo fora de cogitação. Estou prestes a revisitar toda a discografia deles agora mesmo!

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