Nervochaos – “Dug Up… Diabolical Reincarnations” (2021)

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Nervochaos“Dug Up… Diabolical Reincarnations” (2021)
Xenokorp | Xaninho Discos | Tumba Records | Rock Brigade | Voice Music
#DeathMetal, #ThrashMetal, #BlackMetal

Para fãs de: Morbid Angel, Incantation, Slayer, Deicide, Possessed, Kreator (antigo), Krisiun, Sepultura (antigo)

Nota: 10

A cada novo lançamento desses monstros eu venho aqui dizer que é a melhor formação da banda e dessa vez eu prometo que não vou falar isso… mesmo sendo de novo o caso (risos).

Estreando essa nova fase com Brian Stone (vocal), Luiz ‘Quinho’ Parisi (guitarra), Woesley Johann (guitarra), Pedro Lemes (baixo) e Edu Lane (bateria), nada mais certeiro que lançar um álbum de regravações já que a banda está comemorando 25 anos de sua formação. E não pensem que a máquina de aniquilação Death/Thrash Metal pararam por aí, pois já tem mais três álbuns prontinhos só esperando para serem lançados. Os caras são umas máquinas! (risos).

“Dug Up…” apresenta regravações dos quatro primeiros álbuns da carreira e uma faixa do também soberbo “The Art Of Vengeance”, de 2014. Algumas bandas, na maioria dos casos, lançam regravações de álbuns antigos para mostrar uma nova formação/fase distinta e/ou para aproveitar os novos recursos de gravações/produções muito mais apurados que os da época dos originais. Talvez esses dois casos sejam representados nesse lançamento, mesmo eu achando que os álbuns originais abordados já tinham excelentes qualidades sonoras e de produções. Enfim, quem ganha com isso somos nós, pois no caso do Nervochaos TODAS as faixas regravadas não descaracterizaram em NADA as originais, e me arrisco a dizer que ficaram muito mais violentas e melhores. Agora eu pergunto: Alguma vez você escutou alguma coisa vindo desses que não seja no mínimo de extremo bom gosto? NUNCA! Então, a nota dada aqui não poderia ser outra.

Hoje, o Nervochaos é uma das maiores bandas brasileiras do estilo e junto com o Krisiun estão na excelência do Death/Thrash/Black Metal, ou o que quiserem rotular, em nossas terras e já beliscando fortemente o mundo!

Temos em “Dug Up” verdadeiras odes ao caos em clássicos atemporais da porradaria em versões muito mais pesadas! A bateria bruta e certeira do gigante guerreiro do metal Edu Lane parece um verdadeiro rolo compressor e meus caros, a ‘criança’ aqui enfiou o braço sem dó nenhuma que sentimos até o cheiro do ódio (risos). Toda essa classe, fúria e técnica vai de encontro a primeira frase dessa resenha: ter a formação extremamente melhor e mais técnica que já passou em suas fileiras. Quinho e Woesley se completam de uma forma nunca antes notada na banda, Pedro Lemes no baixo é outra máquina do massacre e o vocal do americano Brian Stone é digno de um serial killer muito puto, furioso e babando de raiva.

Citar destaques dentro dessa constelação caótica chega a ser desrespeitoso perante o trabalho num todo, já que todas realmente surpreendem a níveis elevadíssimos. Mas, para dar apenas um gostinho, eu vou citar as que deram aquele sorriso de orelha a orelha logo na primeiro (de infinitas) audições: “I Hate Your God”, “Envy”, “Putrid Pleasures”, “Pazuzu Is Here”, “Pure Hemp” e “Perish Slowly”.

Tive o prazer imensurável de acompanhar a carreira do Nervochaos desde os primeiros dias de sua formação em 1996 (até antes pois eu era/sou um grande fã do Siegrid Ingrid) e a cada ano que passa ver esses caras crescendo a passos largos em direção ao patamar mais elevado dá um certo orgulho disso.

Uma das coisas que gostaria de colocar aqui nessa resenha é que, como um grande fã da banda e já ter ouvido o outro novo álbum da banda (“All Colors Of Darkness” – resenha logo mais, aguardem), estou notando uma volta às raízes do Thrash/Death Metal de antigamente, deixando um pouco de lado as passagens mais Black Metal, o que foi certeiro e caiu como uma luva ao meu ver.

Um conselho a quem vive em Nárnia e nunca ouviu a banda: Compre esse álbum urgente e depois disso compre todos os outros, pois será quase impossível você não querer fazer isso. É como ser um viciado em drogas, mas nesse caso do bem! Puta que me pariu, obrigado Nervochaos, vocês me representam pra cacete! (risos).

Johnny Z.

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