NervoChaos – “Nyctophilia” (2017)
Cogumelo Records / Greyhaze Records
Nota: 10
A cada novo lançamento, mesmo com as mudanças de formação (todas ao meu ver para melhor), vem não só crescendo musicalmente como, também, deixando uma marca profunda no ‘underground’ metal mundial. Usei as aspas porquê, pelo menos para mim que sou fã da banda desde os primórdios, nunca a qualifiquei como tal devido sua notoriedade tanto dentro como fora de nossas fronteiras. Músicos de bandas renomadas citando o Nervochaos em entrevistas pelo mundo afora é uma prova cabal de tudo que foi dito até agora.
“Nyctophilia”, é um dos álbuns mais bem produzidos, fortes, diversificados e impactantes de toda prolífica carreira basicamente por contar com muita versatilidade ao incorporar ao estilo Death/Black Metal característico vários elementos até mais sombrios, maléficos e fúnebres à sua música. Sua sonoridade permeia aqui entre algo caótico, obscuro e agressivo, mas com melodia e consistência, não só puramente jogada de forma brutal e desenfreada em nossos tímpanos.
Temos treze faixas de pura devastação que destilam fúria em várias camadas que juntas formam uma verdadeira avalanche só digna de uma entidade grande com o nome Nervochaos.
Excelentes flertes com o Doom Metal (clima sombrio), Thrash Metal (rifferama) e até (pasmem) Hardcore e Industrial são facilmente notados! Ótimos exemplos disso são as faixas “Moloch Rise” (cacetada rápida beirando um Hardcore e um leve clima industrial), “Ritualistic” que lembra, e muito, algo do Deicide por conta da rifferama e “Ad Majorem Satanae Gloriam” que segue a mesma linha sombria com toques góticos que, por exemplo, o Genocídio aposta fenomenalmente.
Muitos riffs encorpados de guitarra, à cargo de Cherry Taketani e Lauro ‘Nighrealm’ dão um “q” de Thrash Metal e Death Metal mais técnico que, somados ao vocal infernal de Lauro, ao baixo corretíssimo de Thiago Anduscias e as quebradeiras infames do monstro Edu Lane, se tornam viciantes e um obrigatório convite ao caos. Quero ver algum ouvinte passar incólume a cacetadas casca-grossas como “Season of the Witch” e “Waters Of Chaos” que mostram certa influência de bandas como Obituary e Morbid Angel por conta das mudanças bruscas de ritmos.
Acharam pouco? OK. Sejam massacrados com os rolos compressores Death/Hardcore de “The Midnight Hunter” e “Rites of the 13 Cemeteries” ou as levadas ora cadenciadas ora rápidas da mais pura devastação em “Stained With Blood”.
Finalizando, se você procura belíssimas inserções Death/Black com Hardcore, uma rifferama de tirar o fôlego, quebradeira infernal, peso sombrio, produção de primeiro mundo, encontrou o dito cujo!
Para mim é o melhor disco da banda, disparado! COMPRE SEM PENSAR DUAS VEZES!
Johnny Z.