Radioactive – “Reset” (2024)
Frontiers Music
#AOR #MelodicRock
Para fãs de: Toto, Work of Art, AOR, Newman
Texto por João Paulo Gomes
Nota: 7,5
Comemorando o 40º aniversário de seu primeiro álbum, o multi-instrumentista, compositor e produtor sueco Tommy Denander lança o novo álbum de seu projeto Radioactive. Já tendo tocado e produzido para grandes nomes como Bobby Kimball, Alice Cooper, Jimi Jamison, Phenomena, AOR, Robin Beck, Michael Bormann, Robert Hart, Tony Mills, entre outros, ele é uma verdadeira lenda nos círculos do AOR/Melodic Rock.
Como em todos os álbuns do Radioactive, este, o sexto da série, conta com diversas participações vocais: Jeff Paris (Y&T, Cinderella), Robin McAuley (Survivor, McAuley Schenker Group, Grand Prix), Joey Vana (Meca), Jim Jidhed (Alien) e Harris Dio Zindani. Além disso, temos Neil Anami (bateria e percussão: Radioactive, Vitalines), Lenna Paris (vocais de apoio), Robert John “Mutt” Lange (vocais de apoio: Def Leppard, The Cars, Foreigner, AC/DC, Shania Twain) e o próprio Denander, que toca guitarras, baixo, teclados, vocais e vocais de apoio.
Como disse Denander: “O novo álbum é um retorno ao som dos meus primeiros discos, um AOR mais clássico, e optei por usar menos cantores para dar um som mais de banda. Nada mais apropriado, então, do que escolher ‘Reset’, que significa eu apertar aquele lindo botão para levar o Radioactive de volta ao som onde eu o comecei.”
Denander tem razão ao nomear o álbum, pois ele decidiu retornar a um som mais AOR, como no início de sua carreira, depois de ter apostado em mais peso no último álbum.
Ecoando Toto por todos os poros, já que é notória a influência de Steve Lukather, o álbum possui muito groove, diversas camadas de guitarra e teclados, e melodias delicadas, mas falta densidade em alguns momentos, já que tudo é muito polido. Mas isso é o que se espera dele, então não há muito o que reclamar.
Alternando a dinâmica entre o temperamental (“Sweet Little Tina”, “Sentimental”, “When The Light Goes Down”, “Breakaway”) e o atmosférico (“Shame On You, Shame On Me”, “Hard Times To Fall In Love”, “Gaia”, “In A Perfect World”), além das nuances progressivas da música título, que conta com Tony Levin (baixo: King Crimson, Peter Gabriel, Richie Sambora, Liquid Tension), Keith Scott (guitarras: Bryan Adams) e Tony Nilsson (teclados e programação: Martin Stenmarck), o álbum mostra que Denander ainda é um dos grandes nomes do gênero.
O objetivo era fazer um álbum mais “banda”, usando menos cantores, mas isso é sempre uma faca de dois gumes, pois essa gangorra de personalidades dos vocalistas acaba sendo a “dor e a delícia” de cada projeto.
Mas, se você é adepto do estilo, aprecie sem moderação.