Cradle of Filth – “The Screaming Of The Valkyries” (2025)

The Screaming Of The Valkyries
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Cradle of Filth – “The Screaming Of The Valkyries” (2025)

Napalm Records
#BlackMetal #GothicMetal #ExtremeMetal #SymphonicBlackMetal

Para fãs de: Dimmu Borgir, Carach Angren, Hecate Enthroned

Texto por Lucas David

Nota: 10

O Cradle of Filth é uma daquelas bandas que não precisa de grandes apresentações, pois, gostando ou não, eles são conhecidos dentro e fora do metal. Com várias décadas de existência e uma discografia marcante, a banda lançou no último dia 21 The Screaming of the Valkyries, seu 14° álbum e um dos melhores trabalhos até o momento.

Com apenas uma rápida intro, “To Live Deliciously” explode nos falantes com um riff rápido e direto, na veia do Thrash Metal, aliado à bateria precisa e punidora de Marthus, além de uma incrível performance vocal de Dani Filth. Seus vocais passeiam do rasgado ao grave, indo até seus conhecidos grunhidos. É uma faixa impressionante que mostra logo de cara para o que a banda veio.

“Demagoguery” começa mais lenta, alternando com alguns momentos mais rápidos, porém é mais pesada que a primeira. As guitarras de Donny Burbage e Ashok entregam ótimos riffs, o teclado cria uma bela melodia que é possível ouvir mesmo em meio a todo o caos apresentado, e o baixo de Daniel Firth martela os ouvidos com um peso certeiro. “The Trinity of Shadows” retoma a velocidade de “To Live…” com algumas partes galopantes, mais uma levada de riffs excelentes e uma bateria potente que ajuda a criar as várias camadas que a música possui.

“Non Omnis Moriar” vai para o lado mais teatral da banda, com ótimos floreios góticos, e os talentosos vocais de Zoe Marie Federoff fornecem um bom contraste aos rosnados de Filth. “White Hellebore” aposta novamente na dinâmica entre os vocalistas enquanto destrói tudo com uma velocidade alucinante. Aqui, as guitarras dominam tudo com uma enxurrada de riffs. A melodia no refrão também merece ser ouvida com atenção.

Próximo do fim, “Ex Sanguine Draculae” opta pelo peso e velocidade novamente, abraçado por blast beats insanos, riffs cortantes e vocais diabólicos. A faixa parece reunir toda a violência presente no álbum e compila tudo em pouco mais de sete minutos. O último ponto que podemos destacar é a incrível capa feita pelo artista Roberto Diaz, que une a beleza e o grotesco em uma obra maravilhosa. Você perderá um bom tempo apenas observando todos os detalhes presentes nela.

Com The Screaming of the Valkyries, o Cradle of Filth mostra o porquê de ser uma das bandas mais cultuadas do metal extremo. Toda a agressividade, lirismo e teatralidade presentes aqui são impressionantes. Para uma banda com tantos anos de estrada e um reconhecimento tão grande como esse, seria fácil para eles apenas aproveitarem as conquistas, mas eles querem mais, e com isso lançaram um dos grandes discos do ano. Ouça no volume máximo!

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