Ravenous Mob – “Among The Mob” (2018)
Independente
#ThrashMetal
Para fãs de: Kreator, Megadeth, Annihilator, Nuclear Assault
Nota: 7,5
“Among The Mob”, disco de estréia do quarteto mineiro Ravenous Mob, representa bem um pensamento que tenho sobre a grande parte dos álbuns de estréia dentro do metal nacional atualmente.
Ao mesmo tempo que a criatividade e potencialidade de brilhantismo transbordam pelos inúmeros lançamento que chegam a cada dia, muito disto acaba vaporizado por uma produção crua e inexperiente, seja pela falta de investimento para contar com um profissional gabaritado, ou pela ansiedade de colocar o material no mercado sem a devida lapidação.
Pontos que duelam na louvável forma do “faça-você-mesmo” que o metal nacional se encontra. Mas é inegável que aquele trabalho com uma produção melhor trabalhada, enquadrada à sonoridade da banda, potencializando suas qualidades e dando mais uniformidade aos conceitos e formas, se destaca dentro do cenário.
Em contrapartida, uma produção inadequada pode esfumaçar muito do talento de uma banda promissora. Digo isso, pois é exatamente o caso deste primeiro trabalho da banda mineira Ravenous Mob, dedicada a um Thrash Metal que mescla o peso e a técnica aos preceitos do Heavy Metal clássico.
Misturando aspectos diversificados de modo homogêneo, a banda consegue gerar um alto poder de cativar desde a primeira composição, “Join the Mob”, por estruturas bem delineadas, solos bem feitos, riffs pesadíssimos, seção rítmica pulsante e de determinação furiosa, além de uma clara preocupação com o desenhos dos arranjos e na colocação das linhas vocais, chegando a remeter a bandas como Kreator, Megadeth, Aninihilator e Nuclear Assault.
Faixas como “Black Magic Rites”, “Slaughter Night”, e “Wrath of Cherokee” são perfeitos exemplos da ousadia técnica bem equilibrada com o peso que a banda já possui, músicas que seriam brilhantes com uma melhor produção.
Numa análise restrita às composições, “Among The Mob” se mostra bem acima da média no estilo que se propôs a executar, sendo um cartão de visitas de uma banda que merece atenção à sua evolução.
Marcelo Lopes Vieira
