Revengin – “Dark Dogma Embrace” (2025)

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Revengin – “Dark Dogma Embrace” (2025)

WormHoleDeath Records
#SymphonicMetal #HeavyMetal

Para fãs de: Epica, Nightwish

Texto por Cristiano “Big Head” Ruiz

Nota: 9,0

“Dark Dogma Embrace”, segundo disco da banda de Symphonic Metal, Revengin, viu a luz em 11/4/2024 pelo selo WormHoleDeath. Ou seja, o sucessor do debut completo “Cymatics” chegou treze anos depois de seu lançamento e cinco anos após “Inner Dark”, EP que marcou o retorno do quinteto carioca as atividades em 2020. Atualmente, como integrantes remanescentes do line-up original, Revengin conta com a talentosa vocalista Bruna Rocha e também com Thiago Contrera, guitarrista que acumula a função de executar os vocais guturais e os backings. Além disso, o guitarrista Themys, o baixista Diego Pirozzi e o baterista Nacife Jr completam a formação.

Com uma atmosfera sombria, a qual fomentam, a princípio, os riffs intensos e as vozes de Thiago, o registro se inicia com “Circle of Mistakes”. Em contrapartida ao peso inicial, Bruna Rocha suaviza a musicalidade através de sua voz que esbanja melodia e suavidade. Assim que fiz a audição desse trabalho pela primeira vez, foi impossível não pensar no Epica como referência. As alternâncias vocais entre Bruna e Thiago me fazem lembrar dessa importante banda holandesa. Na sequência, é a vez de “Decadent Feeling”. Ainda que ela seja menos agressiva que a canção de abertura, ela não deixa de proporcionar outro grande momento na audição. Ao contrário dos dois singles anteriores, os arranjos musicais de “Wish You the Same but Worse” lhe dão um clima mais épico.

A partir de “Hall of Mirrors” deve ser destacado o trabalho do baterista Nacife Jr, pois sua competência técnica fornece dinâmica ritmica a musicalidade do Revengin. Não há como ser fã de Symphonic Metal e não vibrar com “Huntress of Shadows”, visto que ela traz consigo todos elementos mais apreciados desse subgênero. Quando os primeiros acordes de “No Saints in Glory” começam a soar, há a impressão de que teremos algo mais ameno, no entanto a parte macabra da aura do Revengin reassume o comando do jogo. Pensem em uma composição com um grande potencial comercial, essa certamente é “Caught in Dark”, sendo viciante até para as mentes mais acostumadas.

A trinca final tem início com “Rising Sun”, que assim como muitas músicas do disco, tem elementos que flertam com Pop dançante a la 80’s. Quem conhece Alphaville e Pet Shop Boys, decerto, entenderá a referência. Conduzida por um riff mais pesado, “Sublime Awakening” é, ao mesmo tempo, acelerada como Power Metal e suavizada através de sua veia Symphonic. Aliás, ela tem o solo de guitarra mais bonito desse álbum, o qual deve ser ouvido com a devida atenção.

“Deep Within” encerra a tracklist do segundo álbum completo da carreira do Revengin com o acréscimo de uma pitada Gothic Metal, o qual funciona muito bem no contexto, já que é a única que soa dessa forma. Embora o hiato de treze anos entre dois full lenghts seja realmente longo, Revengin fez valer à pena a espera dos seus fãs por “Dark Dogma Embrace”.

Ouça na íntegra o novo álbum do Revengin, “Dark Dogma Embrace” em:

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