Sobernot – “Destroy” (2022)
Independente
#ThrashMetal, #GrooveMetal
Para fãs de: Annihilator, Anthrax, Iced Earth, Metallica, Pantera, Megadeth
Nota: 10
Meus amigos, “Destroy” literalmente destruiu e bagunçou a minha lista de melhores lançamentos do ano! Após ouvir essa cacetada dos chilenos do Sobernot, o que posso dizer é que estamos diante de uma progressão mais pesada, grooveada, alucinante e pesada do Annihilator! Mas não engane-se pensando que são cópias do que o gênio canadense das seis cordas Jeff Waters faz com maestria, pois aqui o negócio vai além, mesclando gratas influências e referências de Anthrax, e aqueles riffs abafados tipicamente Thrash Metal da Bay Area para arrancar nossos pescoços.
Jesus Cristo! Não tem uma única música que você consiga encontra “paz” (risos) e aquela vontade de bater e espancar ‘com amor’ quem esteja por perto aumenta exponencialmente (good friendly violent fun, te lembra algo?).
A produção e masterização é a cereja do bolo em “Destroy”, pois manteve a sonoridade atual, pesadíssima, robusta e ao mesmo tempo deixou toda a melodia caminhando junto com o peso descomunal dos instrumentos! Gente, eu não vou parar de falar que é uma das maiores cacetadas que ouvi esse ano, ok?
“No Mercy” já entra com os dois pés na cara e logo de cara você vai ver que beberam demais na fonte do Annihilator, pois essa faixa poderia estar em qualquer álbum dos canadenses! “Smoke Masters (Give My Money Back), segue na mesma linha só que mais clássica, mas não menos destruidora!
“Death By Cunnilingus” é de tirar o folego e tem um belíssimo trabalho de baixo, bem groovado e na cara. Não é a toa que no release da banda informaram que cresceram muito com músicos nessa pandemia! A técnica aqui é apuradíssima e não necessitou em nada de virtuosismo! “Tyrant Machine” é tão Anthrax com Pantera que chega a arrepiar a espinha! Sem brincadeira, mas eu duvido que você não vai pirar com o solo dessa faixa (também), pois é incrível!
Tivemos o prazer de resenhar o excelente álbum anterior “Silent Conspiracy”, de 2018, mas tenho que ser justo em dizer que “Destroy” é uma OBRA COMPLETA DA PERFEIÇÃO METÁLICA, e não estou sendo exagerado!
“Across The Toxic Dew” é mais progressiva e trabalhada, com direito a dedilhados em seu início, mas logo que pega corpo temos uma referência direta ao Iced Earth, principalmente pela vocal de César que lembra DEMAIS e ASSUSTADORAMENTE o timbre de Stu Block, ex-vocalista da banda e, por coincidência, está (pelo menos em um álbum) no Annihilator agora. Talvesz seja a faixa mais “radiofônica”, se é que dá para falar isso, mas não menos brilhante.
Ai vem uma das melhores do trabalho: “I Recommend Amputation”, baseada na história do filme “Hellraiser II”, que tem uns dos trabalhos vocais mais impressionantes de todo o álbum, pois aqui César vai do limpo ao gutural, timbres diferentes que você vai jurar serem pessoas diferentes! Incrível! E não só isso, temos doses cavalares de vários tipos de porradaria numa mesma música. Genial é pouco! E a referência a Stu Block não para ai, pois temos a estupenda “Servants Of The Yellow King” que espero sinceramente que Jeff Waters e o próprio Stu Block escutem para ficarem espertos (risos).
Falando em “Servants Of The Yellow”, pude sentir algumas influências do Dream Theater em certas passagens mais técnicas e progressivas, o que deu um brilho extra na parte técnica, principalmente nas levadas quebradas de bateria. Se eu puder comparar o sentimento ao ouvir essa faixa, com seus riffs, palhetadas, bumbos duplos, baixo vibrante e urros guturais, eu diria HECATOMBE NUCLEAR!
“The Second Coming” é outra que mantém a pegada do Annihilator com barbitúricos, mas de álbuns mais recentes, onde o peso caminha junto com a melodia. Vocais a lá Phil Anselmo aqui e ali se unem aos riffs catárticos numa espécie de marcha para a destruição! Um arregaço que deveria entrar numa espécie de playlist do fim do mundo (risos). Na sequência temos “Killer Winter”, cover da banda chilena Psicosis que me desculpem seus membros originais, mas PERDERAM a música, pois seus conterrâneos do Sobernot podem reivindica-la com propriedade! Destaque para a rifferama que corta a jugular do ouvinte e ainda joga álcool (70%) nos cortes sem dó nenhuma!
Fechando esse petardo temos a criativa e empolgante faixa título que me remeteu aos bons tempos do crossover, só que aqui contando com uma dose monstruosa de groove, mudanças de ritmos animalescas, riffs e levadas quebradas, paradinhas juntamente a rifferama que poderia realmente ser a trilha sonora para qualquer treta (risos). Não é a atoa que o nome é “Destroy”, pois ela o fará ter uma necessidade imensa de querer quebrar tudo que estiver pela sua frente!
Pois bem, caros leitores, esse disco vai te viciar, da mesma forma que me viciou, e desde que tive acesso ao seu material eu não parei de ouvir nem por um minuto! E vai aqui uma dica para todos que possuem banda: PRODUÇÃO É SIM UMA GRANDE % DO NEGÓCIO, INVISTAM NUM PRODUTOR QUALIFICADO, POIS O RESULTADO É SEMPRE BEIRANDO – SE NÃO A – PERFEIÇÃO!
E “Destroy” é o meu disco perfeito do ano e ponto final! Se você gosta de peso, rifferama, groove, cacetada, agressividade, quebradeira e adrenalina, eis o teu disco! E sem querer soar redundante, já que eu amo rifferama, que trabalho de guitarra, meu pai do céu!!!
César “Vaigor” Vigouroux (vocal), Pablo “Chespi” La’Ronde (guitarra/vocal), Joaquín “Yakls” Quezada (baixo) e Piero “Pyro” Ramírez (bateria), vocês não só se superaram, como também vão alcançar merecidamente patamares gigantescos! Obrigado por esse MASTERPIECE… CHI, CHI, CHI… LÊ… LÊ…LÊ, viva CHILE!
Johnny Z.