Testament – “The New Order” (1988) (Remastered 2024)
Nuclear Blast
#ThrashMetal
Para fãs de: Metallica, Exodus, Forbidden, Anthrax
Texto por Johnny Z.
Nota: 9,0
“The New Order”, o segundo álbum de estúdio do Testament, é outro marco no Thrash Metal americano e mundial. Embora a banda seja frequentemente — e erroneamente — subestimada, este disco solidificou seu lugar entre os grandes do gênero, demonstrando uma maturidade musical impressionante e superando até mesmo o já excelente álbum de estreia, “The Legacy” (1987).
Eric Peterson e Alex Skolnick formam uma das duplas de guitarristas mais respeitadas no metal, com Peterson entregando peso e riffs poderosos, enquanto Skolnick exibe um virtuosismo, senso de melodia e harmonia fora de série em seus solos.
Faixas como “Into The Pit”, a caótica “The Preacher” e a homônima “The New Order” destacam a habilidade do duo em criar músicas rápidas e técnicas, enquanto a instrumental “Musical Death (A Dirge)” revela a profundidade musical do grupo. Nesta nova versão, podemos notar camadas que sequer imaginávamos na versão original.
Chuck Billy brilha com vocais que combinam a agressividade do Thrash com uma técnica aprimorada ao longo dos anos, já apontando para os vocais guturais que viriam em álbuns futuros. O baixista Greg Christian e o baterista Louie Clemente entregam uma base rítmica sólida, com o baixo de Christian sendo especialmente notável em faixas como “Trial By Fire” e a clássica “Disciples Of The Watch”. Vale citar também o brilhante cover de “Nobody’s Fault”, do Aerosmith, que a banda fez seu de maneira incontestável.
Nesta nova remasterização, a cargo de Justin Shturtz e lançada exclusivamente em formato vinil gatefold de 180 gramas, nas cores vermelho e branco, limitada a 1500 unidades (apenas no exterior), temos uma qualidade sonora muito mais encorpada, bruta e pesada, especialmente nas partes de bateria e baixo, assim como nos timbres das guitarras, que estão mais robustos, e nos vocais, que agora são mais amplos e equalizados com muita profundidade. Além disso, o encarte, do tamanho da capa do vinil, traz imagens inéditas e novas notas.
O único ponto negativo dessa nova versão é a capa, que foi completamente alterada, removendo todo o fundo e deixando apenas o detalhe da caveira. Entendo a intenção de apresentar algo novo, mas uma recriação da capa original, como feito em álbuns posteriores relançados pela mesma gravadora, teria sido mais apropriado.
Outro porém — e aqui é uma queixa bem pessoal — é a ausência de lançamento em formato CD. Quem sabe um dia isso mude? Minha coleção não ficará completa por conta desse mísero detalhe, e por isso a nota não foi um redondo 10! Pô, Nuclear Blast, aí pegou pesado! (risos)
Verdadeiras instituições do Thrash Metal mundial e da rifferama!