The Night Flight Orchestra – “Give Us The Moon” (2025)
Napalm Records | Shinigami Records
#Rock #ClassicRock #HardRock #EuroRock #AOR
Para fãs de: Nestor, Degreed, Boston, Toto
Texto por João Paulo Gomes
Nota: 9,5
Fundado em 2007, o The Night Flight Orchestra, quatro anos após seu último álbum, retorna com “Give Us The Moon”, o primeiro sem seu fundador, compositor principal e guitarrista David Andersson (guitarras: Mean Streak, Soilwork) falecido em 2022.
Desde o início houve quem os achasse um tipo de paródia exagerada, mas para mim a mistura super temperada de Rock, Funk, Hard Rock, Pop e Disco que Björn Ove Ingemar “Speed” Strid (vocais: Allegaeon, Disarmonia Mundi, Terror 2000, Coldseed, Act of Denial, Gizmachi, Soilwork), Rasmus Ehrnborn (Autumn’s Child, Soilwork, Donna Cannone) nas guitarras, o baixista Sharlee D’Angelo (Arch Enemy, Spiritual Beggars, Mercyful Fate, King Diamond), John Lönnmyr (Aunt Nancy, Divers, Thymeshift) nos teclados, Jonas Källsbäck (Mean Streak, Gathering Of Kings) na bateria, Anna Brygard e Åsa Lundman nos vocais de apoio e Sebastian Forslund (Nestor, Gaillardia, Kadwatha, Soilwork) na guitarra e percursão, criam, álbum após álbum, é simplesmente perfeita.
Completamente em sintonia com seus álbuns anteriores, “Give Us The Moon” possui como matéria-prima as já tradicionais composições, com suas melodias absurdamente cativantes e letras emocionais, que alimentam a alma e revigoram o corpo.
É incrível como as canções fluem naturalmente uma após a outra e ganham vida própria dentro do tema do álbum. Mas isso se dá graças a uma produção com multi camadas e absurdamente polida, pelos vocais carismáticos, absurdos e precisos de Björn Strid (sem contar os excepcionais vocais de apoio) e por músicos super versáteis e hiper talentosos.
Difícl escolher algumas delas, mas o rock mágico de “Cosmic Tide”, a emoção de “Paloma”, o hino “Way To Spend The Night”, a irresistível “Like The Beating Of A Heart”, a enérgica “Melbourne, May I?”, a jornada épica “JimSteinmantiana” da obra-prima “Stewardess, Empress, Hot Mess (And The Captain Of Pain)” e a impactante “Shooting Velvet” são algumas pérolas que habitam neste álbum no qual as melodias dos anos 80 e sintetizadores arrebatadores transcedem estilos criando um amálgama perfeito criado pelo mais inspirado dos tecelões representando a imersiva experiência que é o The Night Flight Orchestra.
Em seu sétimo álbum a banda não apenas “nos dá a Lua”, mas novamente prova o quanto é incomparável ao entregar um álbum feito para ficar na memória do ouvinte.