The Watchers – “Black Abyss” (2018)
Ripple Music | Hellion Records Brazil
#HeavyMetal, #StonerRock, #AlternativeRock
Para fãs de: Alice in Chains, Black Label Society, Black Sabbath
Nota: 8,0
A banda norte americana The Watchers foi formada em 2016 e mostra em “aqui um trabalho de alto nível. Após o lançamento do EP “Sabbath Highway” (2016), o grupo lança “Black Abyss” seu primeiro álbum completo, onde as guitarras fortemente inspiradas pelo lado mis pesado do stoner rock se mostram preponderantes. Formada por Tim Narducci (vocal), Jeremy Von Eppic (guitarras), Cornbread (baixo) e Carter Kennedy (bateria), a banda apresenta uma sonoridade bastante intensa com momentos que por vezes lembram o Black Label Society, mas nada que possa a ser considerado uma cópia, afinal o quarteto mostra personalidade em suas composições, vez que as linhas adotados por Jeremy, mesmo que com algumas semelhanças com os grupos citados, sabe soar peculiar.
Pesada e arrastada, a faixa título abre o trabalho com um ótimo trabalho de guitarra, onde o peso por vezes ganha maior destaque, deixando a música do grupo com uma cara bastante próxima do Heavy Metal. A influência do maior riff maker da história se faz presente na ótima composição de “Alien Lust”, onde é impossível não nos lembrarmos das seis cordas de Tony Iommi (Black Sabbath) ao ouvirmos o guitarra. Além disso, o vocal de Tim guarda uma similaridade ao que vem sendo feito na cena Stoner. A quebradeira de “Oklahoma Black Magic” dá uma ligeira mudada no clima do disco, pois o peso vem em doses mais generosas aqui. O baixo de Cornbread ganha destaque em “Buzzard”, que tem um solo bem interessante. Outros bons momentos são “Startfire”, com uma levada mais cadenciada, “People of the Gun”, a faixa mais acelerada o álbum, e o peso intenso de “Seven Tenets”.
Nesse álbum de estréia, o The Watchers mostra personalidade e coragem ao enveredar sua música por um caminho nem tão recorrente no mercado. Ao fugir daquilo que vem sendo feito, o grupo garante aos amantes da boa música uma sonoridade intensa e bem dosada, agregando as sonoridades dos anos 70, 80 e 90 de forma homogênea, sem causar nenhum tipo de demérito á sua música. Ponto mais do que positivo para o grupo.
Sergiomar Menezes