U.D.O – “Touchdown” (2023)
Atomic Fire Records | Shinigami Records
#HeavyMetal #PowerMetal
Para fãs de: Accept, Primal Fear, Grave Digger
Texto por Johnny Z.
Nota: 9,0
Nada que for dito em relação a Udo Dirkschneider se equipara à sua relevância e importância para o Heavy Metal mundial quando fez parte do Accept e também em sua carreira solo. Tendo isso dito, afirmo que “Touchdown” vai entrar para a renomada lista de verdadeiros clássicos, contando com sua voz característica! Você pode ouvir em qualquer lugar do mundo, qualquer música dele que matará em questão de poucos segundos.
O 18º trabalho de estúdio de UDO, e o primeiro a contar com o baixista e ex-parceiro de Accept, Peter Baltes, traz 13 faixas fortes com aquilo que seus fãs sempre esperam, ou seja, Heavy Metal (com fortes tendências de Power Metal moderno – se pensou em coisas como Rhapsody ou Stratovarius, você está redondamente enganado – daqueles mais pesados e com guitarras bem recheadas), sempre forjando hinos do metal e trazendo mensagens de cunho social, político, reflexivas e, logicamente, exaltando o estilo. É clichê? Não estou nem aí se é, só sei que é bom pra cacete!!
Os destaques, na minha modesta opinião, vão para “Isolation Man”, que transborda uma rifferama monstruosa e abre o álbum com os dois pés no peito, ou seja, para impactar aqueles que acham que esse baixinho gigante esteja no fim de carreira. “The Flood”, cujo riff lembra muito “Teutonic Terror” do Accept, traz um tema sobre os desastres naturais que estão virando o mundo do avesso e talvez por isso mostre umas referências mais sombrias, progressivas e ligadas ao Blues (calma, estamos falando de metal aqui, ok?).
“The Double Dealer’s Club” é Accept clássico e purinho (porquê será?) e vai agradar os fãs mais antigos, “Fight for the Right” com seu refrão que as plateias vão dar trabalho para o pessoal que faz o som nos shows, “Forever Free” que traz uma vaga lembrança de Judas Priest em “Breaking The Law” na sua evolução clássica e reta do Heavy Metal com refrão imponente estilo Grave Digger, a veloz, pesada[issima e modernosa “The Betrayer”, a belíssima “Heroes Of Freedom” que homenageiam os combatentes da Segunda Guerra Mundial, as guitarras ganchudas e refrão impactante de “The Battle Understood” que lembram coisas de “Mastercutor” (2007), a meio ‘rocker’ “Living Hell” e a arrasa quarteirão faixa título que vai te arrancar o coro na porrada!
Facilmente “Touchdown” é muito melhor que “Game Over” – que achei meio fraco – e vou mais longe, melhor que todos dos últimos da carreira de UDO nos últimos 15 anos! Essa atual formação, contando também com o filho de UDO, Sven Dirkschneider na bateria, a dupla de guitarristas Dee Dammers e Andrey Smirnov, tem tudo para se fixar como uma das melhores e mais peso pesado de todas que já passaram pela banda!
Hoje, nem o Accept precisa do Udo, e nem o UDO precisa do Accept, quem ganhou fomos nós, fãs! Que disco, senhores, que disco!!!!