Amaranthe – “Manifest” (2020)

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Amaranthe – “Manifest” (2020)
Nuclear Blast | Shinigami Records

#PowerMetal#SymphonicMetal

Para fãs de: Delain, Battle Beast

Nota: 9,0

Bem sabemos que ano de 2020 tem sido uma bola curva daquelas que nenhum goleiro gosta de encarar. Para muitos, música é um abrigo agradável em tempos difíceis e, dessa vez, o Amaranthe trouxe um local de refúgio realmente incrível.

Desde “Massive Addictive” (2014) a inclusão de elementos pop-eletrônicos tem sido marca registrada dos suecos, que vêm trilhando seu caminho orbitando o ‘mainstream’ com uma roupagem única. Mas se os fãs esperavam um novo álbum dentro da média, foram agradavelmente surpreendidos com “Manifest”, o álbum mais elaborado e bem trabalhado da banda até hoje.

Os pontos característicos do Amaranthe continuam lá: refrães grudentos, elementos pop-eletrônicos, e todas as características peculiares que te dão a sensação de olhar tudo através de um prisma bem definido, o que reforça a identidade da banda. Mas tudo recebeu uma dose extra de maturidade, originalidade e visceralidade. Riffs pesados, guitarras em afinação baixa, figuras de tempo djent-like, que fazem com que você termine o disco com a sensação de que recebeu um soco na cara!

O trio de voz está melhor do que nunca, seja pela interpretação magnífica da Elize Ryd, pela voz potente e harmoniosa de Nils Molin, ou pelos guturais enérgicos de Henrik Wilhemsson. O instrumental está agressivo na medida certa, com muitos holofotes para o monstro que o Amaranthe tem atrás de sua bateria, chamado Morten Sørensen. E todos esses elementos estão magistralmente mesclados em uma produção primorosa.

O álbum está conciso, direto, com músicas curtas (entre 3 e 4 minutos) que passam sua mensagem com competência e que, como um todo, soa muito agradável de se ouvir. Na verdade, o álbum tem poucos pontos baixos, mas dentre os destaques podemos citar “Fearless”, que abre o álbum com solidez e energia, “Scream My Name”, “The Game”, e a belíssima balada “Crystalline”, que ainda recebeu uma versão orquestrada na versão limitada do álbum. Excelente trabalho dos suecos, produzido com maestria em um panorama mundial tão complicado.

Will Menezes (Colaborador)

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