Blaze Bayley – “Damaged Strange Different And Live” (2023)

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Blaze Bayley – “Damaged Strange Different And Live” (2023)

Blaze Bailey Recordings
#HeavyMetal

Para fãs de: Iron Maiden, Wolfsbane, Accept, Judas Priest

Texto por Sergiomar Menezes

Nota: 8,0

Blaze Bailey está longe de ser uma unanimidade. Muito pelo contrário. A maioria dos fãs do Iron Maiden abomina seus discos com a banda (ainda que eu ache “The X-Factor “um bom álbum, sua voz em determinados momentos acaba irritando mesmo) e acabam deixando de lado um vocalista que está longe de ser ruim, mas que definitivamente, não servia para a Donzela de Ferro.

No entanto, Blaze se mostra incansável em sua carreira solo, lançando álbuns regularmente fazendo turnês mundo afora. Agora, através de seu próprio selo, o vocalista lança “Damaged Strange Different And Live”, um álbum, como o próprio nome entrega, com performances ao vivo (metade gravado na Inglaterra e metade gravado na França), onde podemos mais uma vez perceber que, apesar de tudo que se fala, Blaze é um cara que se entrega no palco.

Trazendo na abertura a excelente “War Within Me”, um heavy metal pesado e tradicional, onde Blaze mostra competência e comprova que se alguém errou na sua escolha para o Iron Maiden foi Steve Harris, A banda que o acompanha entrega uma performance intensa.

A produção, apesar de crua, está num ótimo nível. Aliás, as cinco primeiras faixas que compõem o álbum, fazem parte do mais recente trabalho de estúdio de Blaze, “War Within Me”, de 2021. Assim, “Pull Yourself Up” vem na sequência com uma boa interação por parte do público, mesmo que de forma tímida (ou advinda da gravação).

“Warrior” é outro bom momento, começando de forma bastante intimista e ganhando força e intensidade no decorrer de sua execução. Nesta primeira parte, temos ainda “The Power of Nikolas Tesla”, outro momento de metal tradicional “18 Flights” pesada e com nuances de metal modernos encerra esse primeiro momento, abrindo espaço para quatro faixas do Iron. E é aí que as coisas perdem um pouco o brilho.

Pra começar, “Lord of the Flies”, ótima música esquecida pela donzela em seus shows, tem seu merecido resgate, e parece até mesmo, ganhar nova vida, pois tem uma energia contagiante assim como “Judgement of Heaven”, faixas de “The X Factor”, que se tivessem sido gravadas por algum outro grupo, com certeza teriam uma melhor aceitação por parte dos fãs de metal.

O problema é que as próximas duas faixas escolhidas por Blaze deixam “a peteca cair” como diriam os mais antigos. “Fortunes of War” não tem o mesmo impacto e poderia facilmente ter sido trocada por “Man on the Edge”, “Futureal”, “Look for the Truth”, etc. Longe de ser uma música ruim, mas quebra um pouco o clima do álbum, assim como a escolhida para encerrar o disco: “Como Estais Amigos”, uma das coisas mais medonhas já feitas pela maior banda de heavy metal da história.

Resumindo, Blaze Bailey prova e comprova aqui que ele é um bom vocalista, com uma carreira solo sólida e que não precisa fazer turnês cantando apenas Iron Maiden para sobreviver. E além disso, ao vivo mostra energia e capacidade de encarar qualquer público mundo afora. Sou fã desse cara. Seja você também, ele merece!

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