Cloven Hoof – “Who Mourns For The Morning Star” (2017)
Nota: 8,0
Ah… O bom e velho Heavy Metal britânico… Ou também conhecido como New Wave Of British Heavy Metal. E temos aqui um legítimo representante dessa turma que influenciou (e ainda influencia) muita gente por aí.
O Cloven Hoof, formado em 1979, chega agora ao seu sexto álbum de estúdio. Tendo exercido suas atividades até 1990 e retomado em 2000, o grupo mantém todas as características do estilo, tendo como único membro original remanescente o baixista Lee Andre Payne. Muita coisa aconteceu durante todos esses anos, mas aquele heavy metal clássico, com destaque para as guitarras, continua intacto.
Junto com Lee estão na formação o excelente vocalista George Call (que segundo o próprio Lee, fez com que a banda agregasse muita qualidade nesse aspeto), os guitarristas Luke Hatton e Chris Coss, e o baterista Danny White.
O grupo traz neste trabalho, 9 composições onde o Heavy Metal é a lei! (Sim, soa clichê, mas basta ouvir a primeira faixa para concordar comigo!).
As guitarras clássicas são o grande destaque desse trabalho. Ainda segundo Lee Payne, este é o melhor trabalho do grupo, uma vez que todas as ideias, as quais ele tinha em termo de composição, conseguiram ser transpassadas para as músicas. Desde seu início com a poderosa e intensa “Star Rider”, onde de cara já podemos ver toda a técnica e alcance do vocalista George, até o final com a bem trabalhada e arranjada “Bannockburn”, podemos encontrar uma banda que não foge das suas raízes mas que, ao mesmo tempo, incorpora uma sonoridade bem atual. Muito disso se deve a produção, que soube deixar tudo no seu lugar sem nenhum tipo de invencionice. Faixas como a pesada “I Talk To Dead”, onde as guitarras mostram bom entrosamento e exploram linhas mais obscuras, deixam toda a criatividade do grupo em exposição. “Neon Angels” (que mantém uma certa proximidade com o hard rock) e “Morning Star” (que tem seu início mais introspectivo, mas que ganha peso e intensidade em sua execução), também merecem destaque.
neste novo álbum, o grupo mostra que não é necessário parar no tempo ou forçar “soar datado” para agradar aos fãs. Sem medo de encarar os novos tempos, a banda mantém sua identidade e mostra que tem muita lenha ara queimar. Sorte nossa que amamos esse tal de heavy metal.
Sergiomar Menezes