Demon Hunter – “Outlive” (Deluxe Box Set) (2017)
Pledge Music | Solid State Records
Nota: 9,0
Foi penoso esperar, mas após 3 anos do lançamento de de “Extremist” o grupo americano Demon Hunter apresenta seu novo álbum, “Outlive”.
Pergunto e respondo: Foi válido todo esse tempo? Sim, foi! “Outlive” pode não ser o álbum que muitos fãs esperavam, mas é o álbum que precisava ser gravado. Ele transpira vida, renovação, frescor.
Dá para dizer que este é o mais melódico dentre todos os lançamentos da banda, os vocais screams de Ryan Clark estão em menor número e isso nem de longe é problema, pois o careca sabe cantar como ninguém, e como sempre, excelentes harmonias são encontradas em todo o disco. Patrick Judge continua acertando a mão em seus solos, sabendo fazer algo mais shred ou mais cativante no momento em que se pede, sem ter aquela sensação de masturbação guitarrística rolando a torto e direito.
É um disco dinâmico que não foge de certas fórmulas perpetradas pelo DH. Tem porradaria (“Jesus Wept”, “One Less”), tem aquelas com um certo acento pop (“Died In My Sleep”), as mezzo balada/mezzo porrada (“Patience”, “Slight The Odds”, essa última com um arranjo de cordas não menos que envolvente), as mais cadenciadas (“Trying Times”, “Half As Dead”) e, claro, uma baladinha, ou algo próximo disso (“One Step Behind” faz as honras).
Como sempre, a banda capricha e muito nas versões especiais. Cards especiais, poster, certificado de autenticidade, anel e outros mimos, além de 2 faixas bônus que são um arregaço, podendo estar tranquilamente no track list regular, o refrão de “A Fear I Used To Know” é um dos mais chicletes da banda e “Savage” tem lá uma certa aura épica/”árabe” (daria pra colocar mais aspas, mas duas já são o suficiente).
Mudanças drásticas em suas vidas particulares (5 crianças se juntaram a família, um dos membros perdeu tudo em um incêndio e etc) aconteceram e isso podeira ser uma pedra de tropeço para muitos, mas, graças aos céus, o Demon Hunter soube tirar lições das adversidades e conseguiu assim, sobreviver.
Márllon Matos