Dimmu Borgir – “Spiritual Black Dimensions” (1999) (Relançamento 2025)

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Dimmu Borgir – “Spiritual Black Dimensions” (1999) (Relançamento 2025)

Nuclear Blast | Shinigami Records
#BlackMetal #SymphonicBlackMetal

Para fãs de: Cradle of Filth, Emperor

Texto por Mauro Antunes

Nota: 9,5

A dobradinha Enthrone Darkness Triumphant (1997) e Godless Savage Garden (1998) colocou o Dimmu Borgir na linha de frente do Black Metal mundial naquela época. Esses trabalhos, que se complementam, foram dotados de tamanho poderio e criatividade que a missão de substituí-los à altura parecia digna de uma missão impossível.

Nesse ínterim, o tecladista Stian deixou a banda, e a dupla Shagrath e Silenoz chamou para o barco o fenomenal Mustis, que futuramente se tornaria, ao meu ver, a principal veia criativa da banda — mas isso é assunto para outra oportunidade. Spiritual Black Dimensions veio como um tufão, um tsunami, que ferveu a mente de todos os seus fãs à época.

Além da estreia de Mustis, outro importantíssimo integrante apareceu meio às escondidas no disco: trata-se de ICS Vortex, que aqui ainda não era oficialmente o baixista, mas já marcou presença com seus inconfundíveis vocais limpos em nada menos que quatro faixas. Sua participação, em especial na faixa The Insight and the Catharsis, chega a ser emocionante. Um espetáculo!

Obviamente, a riqueza de ideias e melodias presentes em todas as faixas é uma verdadeira hecatombe de criatividade, capaz de encher os ouvidos daqueles que, como eu, aprenderam a amá-los como uma religião.

Clássicos como Reptile, a subestimada Dreamside Dominions — um verdadeiro tesouro escondido na discografia do Dimmu —, a sombria The Promised Future Aeons, a pesadíssima The Blazing Monoliths of Defiance e a épica Arcane Lifeforce Mysteria fazem deste um clássico atemporal.

Algumas versões lançadas ao redor do planeta possuem a faixa bônus Masses for the New Messiah, mas, infelizmente, ela não foi disponibilizada para o Brasil (poxa, Shinigami, que mancada, hein!). Os fãs mereciam tê-la em sua coleção!

Ouvir este disco traz aos fãs do Dimmu Borgir lembranças saudosistas, pois, nos últimos 15 anos, a banda lançou apenas Eonian (2018), um bom disco, mas que nem de longe (e bota longe nisso!) remete aos tempos áureos, quando a criatividade e a fúria do Dimmu Borgir eram algo surreal, com um efeito devastador.

Meses atrás, a banda postou em seu Facebook uma foto deles no estúdio. Será que vem disco novo aí? Será que eles serão capazes de se reinventar? É esperar para ver.

Ah, e sobre Spiritual Black Dimensions: compre e seja feliz!

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