In Flames – “The Jester Race/Black-Ash Inheritance” (1997) (Relançamento 2024)
Nuclear Blast | Shinigami Records
#MelodicDeathMetal
Para fãs de: Arch Enemy, At The Gates, Soilwork, Dark Tranquillity
Texto por Mauro Antunes
Nota: 9,0
Que presente incrível aos brasileiros este relançamento da Shinigami Records! The Jester Race marca o primeiro passo para a era de ouro do In Flames.
No início dos anos 90, a cena do Melodic Death Metal de Gotemburgo, na Suécia, explodiu de forma avassaladora. Após o clássico The Lunar Strain (1994) e o EP Subterranean (1995), o In Flames reforçou seu lineup com o grande frontman Anders Fridén (ex-Dark Tranquillity) e o exímio mestre das baquetas Bjorn Gelotte.
Naquela época, o In Flames ainda era um “bebê prodígio” de bandas como At The Gates e Dark Tranquillity, mas foi com The Jester Race que o grupo se elevou, no mínimo, a um patamar semelhante ao dessas lendas.
Não há absolutamente nada neste álbum que não seja brilhante. O trio inicial é soberbo: “Moonshield”, a instrumental “The Jester’s Dance”, e a apoteótica “Artifacts of the Black Rain”. “Lord Hypnos” destaca-se pelo trabalho fenomenal de guitarras. Com Fridén assumindo os vocais, Jesper Strömblad ficou mais à vontade para explorar sua criatividade na guitarra, o que fica evidente aqui. Já “Dead Eternity” é o grande destaque, com passagens que agradam tanto fãs de Black Metal (remetendo a bandas como Immortal) quanto de Heavy Metal melódico (como Iron Maiden). Poucas bandas no mundo conseguem fazer essa mistura com tanta magia.
As duas faixas finais também merecem mais atenção: a fantástica instrumental “Wayfaerer” e “Dead God in Me”, cuja melodia instrumental é tão cativante que você pode ouvi-la em loop por horas sem enjoar. Como bônus, o relançamento ainda traz o EP Black-Ash Inheritance (1997), lançado pouco antes de Whoracle, o álbum seguinte do In Flames.
The Jester Race pode não ser o trabalho mais brilhante ou lembrado da banda, mas sua importância é inegável. Foi ele que consolidou a base de fãs devotos que seguem o In Flames até hoje, mesmo após as drásticas mudanças em seu som. Recomendo fortemente ouvir todos os álbuns da banda, do clássico The Jester Race até Clayman (2000), para apreciar o auge dessa grandiosa formação. Já fiz isso inúmeras vezes e suplico a você, caro leitor, que faça o mesmo – e, se puder, comece ainda hoje!