Isole – “Dystopia” (2019)

67674116_1403054593168154_7632181980485910528_n
Compartilhe

Isole – “Dystopia” (2019)
Hammerheart Records
#EpicDoomMetal#ProgressiveDoomMetal

Para fãs de: Solitude AeturnusCandlemassSolstice, Thunderstorm, While Heaven Wept

Nota: 9,5

Quase cinco anos desde o ótimo e deliciosamente progressivo, “The Calm Hunter”, o Isole regressa, mais forte que nunca, mais majestoso que nunca e mais pesado que nunca. “Dystopia”, sétimo álbum a banda, é uma overdose de peso, riffs e solos, se o seu conterrâneo Candlemass, apenas arranhou as “as portas do Doom”, o Isole conseguiu a proeza de não apenas passar por elas, mas de demonstrar classe, energia e uma categórica inspirarão.

O tempo entre um lançamento e outro serviu para revigorar a banda, que agora se apresenta com mais maturidade, coesão e ciência sobre seu papel e importância para o cenário Doom Metal. É valido citar que os suecos até então, não tiveram a ousadia de lançar discos ruins e sinto desapontar, mas não será esse o primeiro, seus registros sempre se localizam entre bons e ótimos, tendo como exemplos, os essenciais: “Forevermore”, “Throne Of Void” e “Bliss Of Solitude”.

“Beyond The Horizon” abre formidavelmente o trabalho, que música meus amigos, que música! Melódica e paquidérmica em proporções bíblicas, com riffs poderosíssimos e um curto, mas eficiente solo de guitarra. “Written In The Sand” mantém a tônica da anterior, mas com um refrão arrebatador, desses que fixam na mente e um solo de usurpar lágrimas; “The Beholder” evoca a herança do pai, Candlemass e de seu primogênito filho, o Solitude Aeturnus, com mais um solo caprichado e uma performance vocal emotivamente poderosa. E eis que chega a minha favorita, a menina dos meus olhos do álbum, “You Went Away”, que se dá ao luxo de conter alguns vocais guturais e um louvável e preciso trabalho do baterista Victor Parri. “Forged By Fear” soa como se o Swallow The Sun tivesse investido no Epic Doom sem deixar seu apreço melódico de lado, sendo uma das composições mais fortes do disco. “Galenskapens Land” resgata de forma tímida a veia progressiva do trabalho anterior, “The Calm Hunter”, memorando também a aura de bandas como The Prophecy e While Heaven Wept”; por fim, “Nothingness”, que é literalmente um orgasmo (entre tantos) que o disco me proporcionou, como é bom ouvir Doom Metal feito com inspiração e ao natural.

“Dystopia” é um dos melhores álbuns já lançados pelo Isole e vai além, muito além, é um dos melhores discos de Doom Metal lançados na atualidade. Obrigatório e indispensável!

Fábio Miloch

Compartilhe
Assuntos

Veja também