Kamelot – “I Am the Empire – Live From The 013” (2020)

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Kamelot – “I Am the Empire – Live From The 013” (2020)
Napalm Records
#SymphonicMetal#SymphonicPowerMetal

Para fãs de: Seventh WonderDelain

Nota: 9,5

Quando o último registro ao vivo do Kamelot foi lançado, o mundo era completamente diferente. Instagram e WhatsApp não existiam. Nas casas de câmbio, você podia trocar 1 dólar por R$2,15. No mundo do Metal, Roannie James Dio estava vivo e você ainda não tinha ouvido falar de bandas como Amaranthe ou Ghost. Eis que em 2020, já com o sueco Tommy Karevik mais do que estabelecido como substituto de Roy Khan nos vocais, o Kamelot resolveu consolidar essa nova fase com o lançamento do aguardado “I Am The Empire – Live From The 013”, gravado na Holanda e com direito a super produção fazendo valer a pena os longos anos de espera.

Um grande acerto do DVD foi gastar munição na fase Karevik. “Haven” e “The Shadow Theory” foram muito bem representados e proporcionaram uns dos melhores momentos da noite, como “Burns To Embrace” (com o filho do guitarrista Thomas Youngblood no coral) e a pesadíssima “Liar Liar (Wasteland Monarchy)” com a onipresente Alissa White-Gluz (Arch Enemy) sendo a responsável pelos guturais. Infelizmente, o melhor disco da era pós-Khan, “Silverthorn”, contou apenas com duas músicas no set, a vibrante “My Confession” (com as cordas da banda Eklipse) e a arrebatadora “Sacrimony (Angel Of Afterlife)”, o grande hino pós-“Forever” que ganhou o costumeiro feat de Alissa e Elize Ryd (Amaranthe).

Com mais de 100 minutos de Symphonic Metal, “I Am The Empire” caprichou na produção, deixando os diálogos com o público e as palmas e gritos vindos da plateia na mixagem final. Num dos momentos mais emocionantes e inesperados, Karevik anunciou a live premiere de “Under Veil Skies”, que contou com a voz doce de Charlotte Wessels (Delain). A noite de festa ainda teve mais presenças VIPs como o guitarrista-guru Sascha Paeth em “Ravenlight” e Laura Hart, vocalista do Once Human, no dueto de “Phantom Divine”, número que abre o tracklist.

O mundo mudou. O Kamelot mudou. E “I Am The Empire” veio na hora certa para consolidar o Kamelot como um dos grandes do seu segmento. Se lá em 2006, “One Cold Winter Night” foi responsável por marcar a era de ouro que foi escalada até o “The Black Halo” (2005), agora, em 2020, era a hora de mais um marco. Finalmente, a era Karevik ganhou um registro digno e eterno.

Gustavo Maiato

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