Meshuggah – “Chaosphere” (1998) (Relançamento 2023)
Napalm Records | Shinigami Records
#ModernMetal #Djent #MathMetal #ProgMetal #ExtremeMetal
Para fãs de: Gojira, Fear Factory, Strapping Young Lad, Periphery, Opeth, Cynic
Por Marco Nunes
Nota: 9,0
“Chaosphere” marca uma mudança significativa na trajetória do Meshuggah, consolidando sua reputação como pioneiros do metal extremo e inovadores incansáveis. Lançado originalmente em 9 de novembro de 1998, após o clássico “Destroy Erase Improve”, onde a banda explorou uma fusão única de metal progressivo com influências jazzísticas e melódicas, “Chaosphere” inicia uma nova fase, deixando um pouco de lado as melodias em favor de uma abordagem ainda mais focada na complexidade rítmica e na brutalidade sonora.
Neste álbum, o Meshuggah mergulha de cabeça na polirritmia e nas texturas percussivas das guitarras, criando um som implacável que desafia as expectativas do ouvinte. Cada faixa é uma aula magistral em manipulação rítmica, com os membros da banda sincronizando-se em intricados padrões que desafiam a compreensão convencional do tempo e da estrutura musical.
“Chaosphere” é uma montanha-russa auditiva, uma jornada frenética através de paisagens sonoras distorcidas e intrincadas. Faixas como “New Millennium Cyanide Christ”, “Sane” e “Concatenation” demonstram a habilidade magistral da banda em criar ritmos intricados e polirrítmicos, desafiando constantemente as convenções do metal convencional. Cada música é uma experiência intensa e avassaladora, impulsionada por riffs distorcidos, batidas caóticas e vocais guturais.
Além da evolução sonora em “Chaosphere”, é importante destacar a contribuição individual dos membros da banda para o seu impacto duradouro. Tomas Haake, com sua abordagem técnica e poderosa, continua a demonstrar maestria na bateria, elevando a música do Meshuggah a novos patamares de complexidade e intensidade. Sua habilidade de navegar pelos intricados padrões rítmicos, mantendo uma precisão “metronômica” e uma ferocidade implacável, é simplesmente impressionante. Haake permanece como um dos bateristas mais respeitados e influentes no mundo do metal, e sua performance em “Chaosphere” é mais uma prova de sua destreza e talento inigualáveis.
Por outro lado, Fredrik Thordendal continua a desafiar as expectativas com sua abordagem inovadora à guitarra. Em “Chaosphere”, Thordendal demonstra uma habilidade ainda maior em tecer texturas sonoras intrincadas e em criar solos de guitarra que são verdadeiras manifestações de sua personalidade como músico. Sua capacidade de transcender os limites convencionais da guitarra elétrica, explorando novas possibilidades sonoras e expressivas, é verdadeiramente notável. Thordendal eleva cada faixa com seus riffs devastadores e solos impressionantes, deixando uma marca indelével no som do Meshuggah e contribuindo significativamente para a singularidade de “Chaosphere”.
E o guitarrista Marten Hagström, por sua vez, segura todas as bases e o peso da banda com sua abordagem única da guitarra. Sua precisão e poder são fundamentais para a sonoridade massiva do Meshuggah, proporcionando uma base sólida sobre a qual as complexas estruturas musicais são construídas. Hagström é o alicerce do som do Meshuggah, garantindo que cada faixa de “Chaosphere” ressoe com uma intensidade avassaladora e uma precisão implacável.
Assim, o relançamento de “Chaosphere” pelo selo Shinigami não apenas celebra a obra-prima do Meshuggah, mas também reconhece o talento excepcional de seus membros individuais. Com Tomas Haake na bateria e Fredrik Thordendal na guitarra, o Meshuggah continua a ser uma força inigualável no mundo do metal extremo, reinventando constantemente os limites do gênero e inspirando gerações de músicos a seguir. “Chaosphere” não é apenas um álbum seminal, mas também um testemunho do talento extraordinário dessa banda visionária.