Owl Company – “Iris” (2018)

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Owl Company – “Iris” (2018)
Eclipse Records
#AlternativeRock#Grunge

Para fãs de: Alice in ChainsSoundgardenPearl JamStone Sour

Nota: 8,5

O quinteto paulista Owl Company pratica uma forma interessante de Rock/Metal, que consegue costurar referências setentistas e noventistas do Rock, com um apelo moderno de fúria determinada e agressividade orgânica, bem trabalhado em estúdio pelo produtor Matt Wallace (Faith No More, 3 Doors Down, Maroon 5).

“One Last Time”, faixa de abertura, já traz as credenciais da banda numa fórmula que cativa de imediato. A sujeira valvulada, a organicidade árida das melodias do rock alternativo, as guitarras harmônicas construídas de modo muscular partindo da herança do blues, e a seção rítmica encorpada e pulsante, é o que veremos também nas ótimas “Boogie Man”, “Dawn of Days”, “Forbidden” e “Shades”, destaques máximos entre as treze composições.

Já “Rise”, “Angel” (com um “q” de Pearl Jam) e “The Other Side” já mostra um lado mais emocional, com pontualidades quase introspectivas, que permeia até mesmo as faixas mais pesadas (ouça a “caótica” “Antagonist” ou “Broken Paradigm”). E justamente nestes momentos, o ambiente atmosférico, resvalando no calor febril da psicodelia, se torna mais proeminente.

Os arranjos são em sua maioria eficientes, mas é fato que a banda ainda está lapidando sua personalidade e acredito que a fuga de certos clichês será consequência do processo de maturação da sonoridade. Eles possuem uma força própria, ainda em estágio primitivo, mas com potencial gigantesco para mercados internacionais.

No mais, a produção conseguiu diferenciá-los da textura super produzida, quase sintética, de bandas que também praticam uma versão moderna do Rock Alternativo construído sobre melodias grudentas e musculares.

Marcelo Lopes Vieira

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