The Giant Void – “Abyssal” (2023)
Independente
#PowerMetal #ProgressivePowerMetal
Para fãs de: Primal Fear, Gamma Ray, Symphony X
Texto por Luiz Gustavo Santos
Nota: 9,0
De tempos em tempos, dos rincões do underground brasileiro, surge um verdadeiro diamante. Percebi que tinha um em mãos logo que conheci o The Giant Void, em 2021, por meio do excelente disco “Thought Insertion” (resenha aqui). “Abyssal” (2023) é o segundo disco de estúdio da banda.
O line-up do The Giant Void é talento puro. O vocalista Hugo Rafael (Sambô) é fantástico. Com um timbre perfeito para o estilo, alcance invejável e a dose certa de agressividade, ele entrega um trabalho simplesmente impecável. O multi-instrumentista Felipe Colenci brilha na construção dos riffs e solos de guitarra, além de adicionar belas linhas de baixo e assumir os (discretos) teclados. Para completar, a banda conta com o baterista alemão Michael Ehré (Gamma Ray, ex-Metallium, ex-Primal Fear, entre outros) como convidado especial, quase membro fixo. Como eu disse, talento puro.
E a banda entrega um disco de altíssimo nível: pesado, agressivo, melodioso e muito bem estruturado. A sonoridade é baseada em um Power Metal forte e vistoso, remetendo a Primal Fear e até mesmo a Accept. Em momentos mais intensos, como na excelente “Human Downfall”, que fecha o disco, a banda chega a flertar com vertentes mais extremas do Metal. Já nas passagens progressivas e quebradas, mantém o peso, lembrando o Symphony X em seus trabalhos mais recentes.
Destaques para “Dirty Sinner”, que abre o álbum, “Ashen Empires, Pt. 2 (Nwo)” – possivelmente minha favorita –, “Inner Truth”, com uma pegada mais rocker, e a super agressiva “Human Downfall”. Em resumo, um belíssimo disco e uma banda fantástica, pronta para dar passos mais altos na cena nacional e internacional. Ouça já!
