Warbringer – “Weapons of Tomorrow” (2020)

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Warbringer – “Weapons of Tomorrow” (2020)
Napalm Records
#ThrashMetal

Para fãs de: Bonded By BloodSuicidal AngelsMunicipal Waste

Nota: 7,5

Quantas e quantas vezes uma capa, um clipe ou uma entrevista fizeram nossas expectativas subirem astronomicamente para o espaço com um novo lançamento de um disco? Diversas vezes, não é? E a decepção ou aquele gostinho de não ser tudo isso traz um amargo dentro de nós. O sexto disco do Warbringer era um daqueles que estavam na minha lista de desejo para 2020, daqueles que eu queria ouvir e comprar para ontem.

Singles lançados e a agressividade continuava intacta assim como a ansiedade, mas aí veio a chance de resenhar e ao apertar o play, algumas coisas mudaram. Sabe aquele time que acabou de subir de série e sua única ambição no campeonato é se manter no meio da tabela e não cair? Essa foi a minha sensação ao ouvir “Weapons of Tomorrow”. Uma, duas, três vezes, esquecer por uma semana e depois novamente ouvir. Jogando um “feijão com arroz” durante maior parte do tracklist, com salvas raras exceções onde conseguiram um tempero a mais, o trabalho ficou muito aquém do é esperado por um grande nome da safra mais nova do Thrash Metal.

Obviamente que os norte-americanos não perderam a mão, grandes riffs infernais estão aqui presentes por toda a parte, como se o cramulhão lá de baixo deixasse o portão escancarado para que usassem sua melhor artilharia, mas a mesmice das composições sem um grande brilho acabou estragando o impacto. “Firepower Kills” e “Crushed Beneath Tracks” carregam um peso descomunal, tem agressividade e ótimos coros para se esgoelar junto nos shows. Outra que merece destaque é “Heart of Darkness”, com uma linha de baixo muito interessante, dobras de guitarras mais jogadas e não tão palhetadas em boa parte de sua execução.

O grande destaque do álbum fica para os vocais de John Kevill, que está cantando muito e facilmente é possível apontar como sua melhor performance de sua carreira, Desde urros paranoicos, a gritos bestiais, o vocalista dá um show à parte e consegue prender a atenção do ouvinte. Ouça “Outer Reaches” e “Notre Dame” (King of Fools) e tire a prova dos dez.

“Weapons of Tomorrow” não é ruim, é um bom disco, mas que não ficou altura do que o Warbringer estava apresentando, acabando ficando estagnada no que se atende a sua evolução.

William Ribas

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