Arch Enemy – “Deceivers” (2022)

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Arch Enemy“Deceivers” (2022)
Century Media | Rock Brigade Records
#DeathMetal, #MelodicDeathMetal, #HeavyMetal

Para fãs de: Carcass, Children of Bodom, Dark Tranquility

Nota: 9,0

Eis que o Arch Enemy lança seu melhor trabalho com a atual formação! Sim, não há nenhum tipo de exagero nesta colocação. 21 anos após o seu melhor trabalho até (obviamente na opinião deste que vos escreve), “Wages of Sin”, que contava com Angela Gossow nos vocais, o grupo atinge uma maturidade que, ainda que conte com músicos mais do que experientes, impressiona. Alissa White-Gluz, ou simplesmente deusa, para muitos, usa de forma mais quantitativa sua voz mais limpa, contrastando com os guturais que são sua marca característica. Mas de forma geral, “Deceivers” mostra uma banda coesa, um verdadeiro dream team que empresta todo seu talento e criatividade em prol do Heavy Metal.

Michael Amott (guitarra), Jeff Loomis (guitarra), Sharlee D’angelo (baixo) e Daniel Erlandsson (bateria), além da já citada Alissa, capricharam e avançaram um pouco mais daquilo que tinham nos apresentado em “Will to Power”, lançado em 2017. No entanto é preciso deixar claro que a banda vem se distanciando cada vez mais daquilo que fazia na época dos primeiros trabalhos e até mesmo no período em que Angela esteve a frente do grupo. Mas também é preciso dizer que isso não significa que o grupo amaciou seu som ou que se tornou comercial como muitos andam dizendo por aí. Se bem que quem lança trabalhos e os coloca a venda é comercial, né?

Uma prova disso é a faixa que abre o álbum, a ótima “Handshake with Hell”, que traz consigo uma proximidade com o que o Children of Bodom começou a fazer a partir de “Follow the Reaper” (2000). Não, não existem teclados em profusão por aqui, mas podemos dizer que a pegada traz uma dose extra de metal tradicional (leia-se power metal) e um pouco de metal melódico, mas sem perder o peso e pegada característica do quinteto. Na sequência, “Deceiver, Deceiver” põe o pé no acelerador e voltamos ao bom e velho Arch Enemy, com aquelas palhetadas certeiras da dupla Amott e Lommis (sendo esse último pouco explorado no grupo, no meu entendimento). “In the Eye of Storm”, mais cadenciada, capricha no peso e nas investidas mais trabalhadas de D’angelo, enquanto as guitarras têm seus momentos mais melódicos do trabalho.

Ainda podemos destacar outros ótimos momentos como “The Watcher”, com linhas melódicas e variações mais velozes e intensas, “Poisoned Arrow”, intensa e carregada com uma atmosfera sombria, “House of Mirros”, onde Alissa parece que terá suas cordas vocais arrancadas, tamanha a carga de energia dispensada por ela em determinadas passagens e  “One Last Time”, uma faixa mais acessível e que poderia facilmente figurar nas playlists das Radios Rock brasileiras, se ainda tivéssemos rádios assim no país.

“Deceivers” é um excelente álbum de uma das bandas mais relevantes do atual cenário mundial. Se te disserem o contrário, escute e tire sua própria conclusão. Eu fiz isso e posso garantir: você , que é fã do grupo e que acompanhou a evolução da banda em sua carreira, vai curtir numa boa!

Sergiomar Menezes

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