Axel Rudi Pell – “Risen Symbol” (2024)

axel_rudi_pell
Compartilhe

Axel Rudi Pell – “Risen Symbol” (2024)

Steamhammer
#PowerMetal #HeavyMetal

Para fãs de: Yngwie Malmsteen, Dio, Rainbow

Texto por Mauro Antunes

Nota: 8,5

O incansável Axel Rudi Pell está de volta! O cara se recusa a parar! Quem não está familiarizado com a discografia deste mago das cordas e quer fazê-lo, pode ficar ciente desde já de que a maratona será intensa, afinal, “Risen Symbol” é nada menos que o 22º trabalho de inéditas da banda, sem contar as tradicionais coletâneas de baladas que sempre trazem um ou outro material inédito. E, para complicar ainda mais, temos a primeira banda de Axel lá dos anos 80, Steeler, que gravou seus quatro discos com o guitarrista — itens que hoje estão também disponíveis em material remasterizado de primeira linha.

No início de sua carreira, lá nos anos 90, ninguém menos que Jeff Scott Soto empunhava os microfones, e com ele, a banda ganhou notoriedade e visibilidade na cena. Mas, como ele não para em banda nenhuma, em 1998, Johnny Gioeli assumiu o vocal, já que o Hardline havia acabado. Felizmente, Gioeli nunca deixou este posto, mesmo com o retorno do Hardline.

E por mais que a banda flerte com a possibilidade de lançar um disco fraco — afinal, são dois discos a cada três anos, praticamente — isso nunca acontece. As composições são todas repletas de feeling, sentimento, melodia e, obviamente, uma explícita inspiração na música clássica.

O álbum começa com uma intro dispensável, e depois entra a pesada “Forever Strong”, com uma letra que traduz bem o momento de continuar em frente, firme e forte. Candidata a clássica! “Guardian Angel” é totalmente Hard Rock, com uma pegada diferente da faixa anterior, estilo em que Gioeli brilha com ainda mais intensidade. “Darkest Hour” e “Right on Track” também seguem essa linha mais direta para o Rock & Roll. “Immigrant Song” é um interessante cover (Led Zeppelin), em que Axel nos brinda com uma linda introdução de cítara e, posteriormente, com solos que dão uma cara bem diferente da original, também magnífica.

O grande destaque vai para a épica “Ankhaia”, a melhor do disco, com uma pegada que lembra o Black Sabbath/Heaven and Hell. Dá quase pra imaginar o saudoso e inesquecível Ronnie James Dio cantando essa faixa. Essa estará facilmente em minhas playlists mais pessoais.

Se você colocar aleatoriamente qualquer faixa de qualquer um dos mais de 22 discos de estúdio, certamente ouvirá algo que o fará relaxar ouvindo Heavy Metal. Uma aula de guitarras, vocais, tudo dentro do script que só uma grande banda é capaz de entregar. Se não é tão brilhante quanto “Black Moon Pyramid” (1996), “Oceans of Time” (1998) e o meu favorito, “The Masquerade Ball” (2000), “Risen Symbol” é mais um trabalho de que o guitarrista alemão deve se orgulhar e os fãs, delirar. Missão cumprida com sucesso!

Compartilhe
Assuntos

Veja também